Setembro é o mês da conscientização da surdez e motivo para reunir a comunidade em prol de soluções voltadas para a inclusão e a acessibilidade. No dia 26 de Setembro comemora-se o Dia do Surdo no Brasil, data da fundação de uma instituição voltada para o ensino e educação dos surdos no país, o INES – Instituto Nacional de Educação de Surdos, em 1857.
Não se trata de uma comemoração no sentido estrito do termo, e sim de uma reflexão sobre temas como o surgimento de novas tecnologias de acessibilidade e o ensino de libras, que podem auxiliar e melhorar a vida dos que se encontram nessa condição.
Setembro Azul
O chamado “Setembro Azul” é um período para lutar pela inclusão e informar a sociedade quanto aos desafios e responsabilidades que envolvem a pauta. Compreender que as libras não são uma linguagem, mas uma língua, serve de alerta em relação à importância do seu ensino e abertura para o tema das escolas bilíngues, por exemplo. Poucos sabem, mas alguns surdos tem dificuldade de entender o português e navegar por sites de internet que não usam libras ou não têm uma linguagem mais visual.
Além do aprendizado das libras, o mês também serve de alerta para a conscientização sobre os que sofrem com a perda auditiva. É possível, por meio de novas tecnologias, utilizar métodos avançados para amenizar os danos causados, como é o caso do uso dos aparelhos.
O constrangimento em relação à utilização do acessório tem diminuído já que em alguns casos a peça tem se tornado ainda mais discreta.
As dificuldades e desafios referentes à utilização do dispositivo vem sido minimizadas pelo investimento em tecnologia e desenvolvimento de um acessório mais discreto e funcional; é o que explica Fábio Gonçalves, diretor da marca Telex: “hoje existem aparelhos super discretos que em alguns casos funcionam como fone de ouvido e são integrados a diferentes dispositivos eletrônicos. Nossa meta é melhorar a vida do deficiente auditivo, promovendo não só uma melhora na audição, mas permitindo uma reintegração social do paciente. Lutamos para quebrar a barreira do uso do aparelho”.
Por fim, a fonoaudióloga Viviane Chein acredita ser fundamental solicitar ao médico de rotina a incorporação da avaliação auditiva aos exames regulares. “
O Setembro Azul é um mês que serve de alerta não só aos portadores de alguma deficiência auditiva, mas um período de conscientização de toda a sociedade. Saber, por exemplo, que a perda auditiva se desenvolve gradualmente é recomendável para que o paciente procure consultas e um profissional da área. Dessa forma, aumentam-se as chances de reconhecer os primeiros sinais e tratar possíveis problemas”, alerta a profissional.