Os procedimentos que englobam o tratamento da harmonização orofacial vão além de garantir um sorriso mais bonito ou um rosto simétrico e, em muitos casos, envolve o resgate da autoestima e da autoconfiança do paciente. A sensação de não estar confortável a aparência pode ser um fator desencadeante para o aparecimento de diversas doenças como a depressão.A harmonização orofacial tem o objetivo de restabelecer o equilíbrio estético-funcional da face por meio de tratamentos e técnicas realizadas nesta região. “É preciso desmitificar que a harmonização orofacial é feita apenas para fins estéticos, mas que também pode auxiliar em casos em que o paciente sofre algum trauma ou desalinhamento na face e precisa recorrer aos procedimentos para solucionar o problema”, explica o professor José Bernardes Neves, Doutor, Mestre e Especialista em Implantodontia e Periodontia (Unicor).
Antes de iniciar o tratamento, é feita uma avaliação das estruturas da face, do sorriso e das arcadas dentárias, além das principais queixas do paciente. Assim, com todas essas informações, o profissional consegue propor um plano personalizado que mistura tratamentos dentários e faciais, que incluem ainda procedimentos como a aplicação de toxina botulínica, o ácido hialurônico e até a bichectomia. Segundo professor José Bernardes, todo o tratamento tem o único objetivo de resgatar a autoestima e a autoconfiança do paciente.
Tratamento apenas com especialistas
O professor José Bernardes Neves explica que o cirurgião-dentista possui as competências essenciais para realizar os procedimentos ligados a harmonização orofacial. “São profissionais que conseguem ter uma visão mais detalhada do conjunto facial e, com isso, podem oferecer tratamentos adequados a cada tipo de paciente, garantindo a segurança nos procedimentos e a satisfação pessoal”.
E alerta que só o cirurgião-dentista com especialização pode realizar os procedimentos ligados harmonização orofacial, pois tem todo o conhecimento técnico da área. Por isso, o paciente deve ficar atento e exigir do profissional a especialização, antes de iniciar os procedimentos. Além disso, os profissionais devem ficar atentos aos cursos oferecidos no mercado e conferir se a instituição segue todas as diretrizes do programa de especialização em Harmonia Orofacial autorizado pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) e Ministério da Educação (MEC).
A atividade foi regulamentada pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), que publicou a Resolução 198/2019, reconhecendo-a como uma especialidade odontológica e a definiu como um conjunto de procedimentos realizados pelo cirurgião-dentista especialista na área.