Startup de Belo Horizonte criou o aplicativo Maquininha!, lançado neste mês
Por falta de uma opção prática e segura, muitos profissionais liberais e pequenos empreendedores ainda recebem de seus clientes pagamentos em cheque ou dinheiro. Isso porque não justifica para quem realiza poucas transações comerciais mensalmente arcar com os custos dos equipamentos POS, conhecidos como “maquininhas de cartão”. Para atender esse segmento, uma startup de Belo Horizonte criou o aplicativo Maquininha, que será lançado oficialmente no dia 8 de fevereiro durante o Congresso de Fisioterapia da UFMG.
De acordo com a empresa global de tecnologia financeira FIS, até 2022, o número de transações móveis deve crescer 32% e as físicas, 7%. Os dados justificam o otimismo em relação ao lançamento da plataforma Maquininha!. É cada vez mais comum que os brasileiros utilizem o smartphone para resolver também questões bancárias. Nesse cenário, as compras por cartão de crédito só estão aumentando. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), no ano passado, quase um terço dos pagamentos realizados no Brasil foram feitos por meio de cartões.
Com o aplicativo, os profissionais terão uma “maquininha de pagamento” disponível direto na tela do celular. “Nosso objetivo é fazer com que todos aceitem cartão, ajudando aos prestadores de serviços e vendedores a aumentarem a agilidade nas transações e otimizarem os custos”, ressalta Thiago Haddad, responsável pelo aplicativo. O serviço pretende chegar a 10 mil usuários neste ano. “Nosso foco são os prestadores de serviço, como dentistas, fisioterapeutas, psicólogos, personal trainers e mecânicos, entre outros”, relata.
Ao contrário das maquininhas convencionais, os profissionais não precisam pagar nenhuma taxa de adesão ou mensalidade para ter acesso ao serviço. São cobrados apenas taxas por transação, que variam de 3,99% a 4,99%, dependendo da quantidade de parcelas selecionada. “A vantagem é justamente que o usuário não tem custo inicial nem custo fixo mensal”, argumenta Haddad.
“A proposta é simplificar para o usuário, mas com todo aparato de segurança”, descreve Haddad. Segundo ele, todas as compras são analisadas, por meio do diagnóstico do comportamento de uso no aplicativo, que é comparado com padrões típicos de fraudes. “Como segurança, todas as informações são criptografadas, verificando localização, entre outras informações pertinentes. Se há alguma suspeita, a empresa demanda comprovantes”, explica.
Como funciona?
Para começar a receber pagamentos com cartão no Maquininha!, basta instalar o aplicativo e preencher um cadastro. Na primeira vez em que for entrar no aplicativo, o comerciante precisa informar nome, CPF e e-mail. Com esses dados, a empresa faz uma primeira verificação de segurança, checando com bases externas se aqueles dados conferem – ou seja, se o CPF é daquela pessoa mesmo, por exemplo. Depois desse processo, já com o aplicativo aberto, o usuário pode passar pela segunda fase do cadastro, que consiste em informar seu telefone, endereço e ramo de atividade. Novamente, a empresa realiza algumas verificações e, se tudo estiver correto, a pessoa já pode começar a receber pagamentos por cartão pelo aplicativo. “O cadastro é divido de acordo com os afirma níveis de segurança. Temos todo um aparato de segurança por trás de cada transação”, declara Thiago Haddad.