Apesar do desemprego no Brasil ter aumentado em cerca de 300 mil pessoas na segunda semana de agosto, caiu o número de pessoas que gostariam de trabalhar, mas não estavam procurando emprego —de 28,1 milhões na primeira semana para 27,1 milhões na segunda. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geologia e Estatística (IBGE). Esta diminuição, ainda que pequena frente à taxa de desemprego (13,6%), revela um aquecimento no mercado de trabalho e traz esperança para quem deseja ingressar ou retomar uma atividade profissional.
Para encurtar o caminho entre os candidatos e as oportunidades, instituições de todo o Brasil estão se mobilizando. A Escola Profissionalizante Santo Agostinho (EPSA), localizada na região do Barreiro, em Belo Horizonte, possui um setor de Carreiras, que tem o objetivo de orientar e direcionar os estudantes para o seu desenvolvimento profissional. A escola capta oportunidades em empresas parceiras e as divulga para os alunos por meio da plataforma de acesso ao aluno e nos canais de comunicação.
A coordenadora de estágios da EPSA, Kelem Bosque, explica a estratégia para encontrar boas oportunidades. “Buscamos prioritariamente por empresas que tenham vagas para técnicos em informática, manutenção automotiva e eletromecânica. Fazemos um movimento de aproximação junto aos parceiros para que se sintam confiantes em empregar nossos alunos. O objetivo é impulsionar o desenvolvimento de carreiras a partir da formação em nossa escola.”
A equipe da EPSA faz, além da divulgação das vagas, o trabalho de orientação profissional, treinamento para entrevistas e acompanhamento dos processos seletivos. Os estudantes também são motivados pela escola a procurarem por vagas de estágio e empregos de forma independente, em agentes de integração e outras empresas que demandam por atividades relacionadas aos cursos oferecidos pela escola.
Mesmo em tempos de pandemia, a entidade tem mantido e alcançado as metas de conversão de vagas em contratações. “Estamos vivendo uma grande transformação no mercado de trabalho e nas relações profissionais. Mais do que a formação, os candidatos devem estar preparados para encarar os desafios deste novo cenário ao conquistar oportunidade profissional”, explica Marco Silva, diretor da EPSA, entidade mantida pela Sociedade Inteligência e Coração (SIC), que também responde pelas quatro unidades do Colégio Santo Agostinho, em Belo Horizonte, Contagem e Nova Lima.
É o caso da técnica em informática recém-formada Fernanda Soares Silva. Com o auxílio do setor de Carreiras da EPSA, Fernanda conseguiu, antes mesmo de se formar, ser selecionada para uma desejada vaga de estágio em uma empresa de siderurgia. Entretanto, após apenas um mês e meio como estagiária, a pandemia começou e Fernanda teve seu contrato suspenso. Novamente sem trabalho, a técnica, que havia renunciado a outras oportunidades para poder realizar o estágio, destaca que foi um período difícil, mas por meio do setor de carreiras da EPSA encontrou uma oportunidade de emprego na Mobilus, empresa de produtos e serviços digitais. “Durante uma aula vi a divulgação de uma vaga para a área de desenvolvimento e mesmo sem muita experiência, me candidatei e deu tudo certo. O que fica, depois de tanta persistência, é a sensação de missão cumprida por sair empregada assim que concluí o curso”, celebra.