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Mercado Central de BH continuará aberto na próxima semana, sem bares

    O Mercado Central de Belo Horizonte, no Centro da capital, permanecerá aberto na próxima semana, quando o decreto de fechamento do comércio não essencial na cidade começa a valer. As atividades essenciais seguirão funcionando no mercado, como venda de alimentos e restaurantes que realizam delivery. Os bares, que já não podiam vender bebidas alcoólicas desde setembro, fecharão as portas temporariamente.

    “Alguns estavam funcionando vendendo tira-gosto e refrigerante, mas alguns dos mais tradicionais, como o Bar da Lora, já estavam fechados. O ganho está na venda de bebida alcoólica”, diz Luiz Carlos Braga, superintendente do mercado. O horário de funcionamento seguirá o atual: das 8h às 18h, de segunda a sexta, e das 8h às 13h, aos domingos e feriados.

    As entradas do mercado também serão reduzidas. Das oito, apenas três ficarão abertas, além da entrada do estacionamento. A partir de segunda-feira (11), o cliente deve entrar pelas vias da rua Santa Catarina e Santa Catarina com avenida Amazonas ou pela avenida Augusto de Lima com rua Curitiba. Haverá monitoramento de temperatura e distribuição de senha.

    Braga lamenta o fechamento, mas reconhece a necessidade de restringir as atividades em um momento de alta nos índices da pandemia na cidade. Ele já se preocupa com a folha de pagamento dos 160 funcionários diretos do mercado. Em 2020, a gestão recorreu à medida do governo federal que permitia reduzir a jornada e os pagamentos, mas ela já não vale mais neste ano.

    “Não é hora de vir passear no mercado. A gente gostaria que as pessoas viessem ao Centro ou ao mercado só para fazerem compras”, pede o superintendente.

    Pedro Almada Torres é gerente de um dos bares que fica no mercado central, ele acredita que o novo fechamento vai atrapalhar ainda mais a situação dos estabelecimentos. “Minha esperança é que as pessoas sejam vacinadas o mais breve possível, para voltar às atividades normais e as pessoas poderem voltar a beber no balcão”, avalia. Almada também reclama da falta de apoio do governo federal para pagar os funcionários. “Agora vai ficar mais apertado ainda”, conta.

    O analista de sistemas Eraldo José Custódio, 38, costumava a ir ao Mercado Central pelo menos duas vezes ao mês e sempre aproveitava para tomar uma cerveja e comer um petisco e acredita que o fechamento do local é uma questão complicada. “Estamos entre a cruz e a espada. Tem o lado social dos hospitais e também tem o lado do comércio, mas acho que deveria ser liberado com restrições, acredito que devemos conviver de alguma forma com esse vírus”, avalia.

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