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Estudo da PwC mostra que 83% das empresas brasileiras devem aumentar os gastos com cibersegurança em 2022

    Ataques hackers estão entre as principais preocupações dos gestores em 2021. A cada ameaça, é preciso preparar diferentes respostas, desenvolver ferramentas e treinar pessoas para viabilizar a defesa de dados antes que um novo ataque ocorra. Essa é uma das razões pelas quais 83% das organizações brasileiras preveem um aumento nos gastos com cibersegurança em 2022. No mundo, esse percentual é de 69%, revela a pesquisa PwC Digital Trust Insights 2022.

    O estudo aponta que 45% das empresas brasileiras (26% no mundo) estimam  aumento de 10% ou mais nos investimentos em segurança de dados. No ano passado, apenas 14% demonstraram essa mesma preocupação (8% no mundo). Em 2021, 50% das empresas ouvidas afirmam ter destinado até 10% do orçamento de tecnologia para ações voltadas à segurança.

    Mesmo com a previsão de alta nos investimentos, de modo geral, as organizações convivem no mundo com uma lacuna em relação a riscos de terceiros e da cadeia de suprimentos: cerca de 25% dessas empresas têm pouca ou nenhuma compreensão desse tipo de risco. No Brasil, essa percepção é melhor tanto para a compreensão dos riscos quanto para a realização de ações relacionadas.

    “No Brasil, tanto os CEOs quanto outros altos executivos acreditam que a missão da cibersegurança está mudando e assumindo um papel importante no desenvolvimento da confiança e na expansão dos negócios. Eles veem agora a importância dos dados que possuem”, afirma Eduardo Batista, sócio da PwC Brasil.

    Segundo ele, a alta administração das empresas precisa garantir que os riscos sejam monitorados e que o modelo de segurança seja simples, mas eficiente para evitar que esses riscos tragam impactos reais para a empresa, como, por exemplo, paralisação da operação, lucro cessante e danos à imagem.

    Brasil tem melhores práticas

    A pesquisa identificou também que apenas cerca de um terço das organizações no mundo tem práticas avançadas de confiança de dados. No Brasil, os resultados são melhores para todas as práticas, como a adoção de processos e tecnologias para recursos de criptografia. Os executivos, muitas vezes, não desenvolvem ações para minimizar os riscos de terceiros ou fornecedores em seu ecossistema, como: auditar ou verificar a postura de segurança e a conformidade, refinar critérios de onboarding e fazer avaliações contínuas para terceiros e fornecedores, entre outras ações.

    Global Digital Trust Insights Survey 2022 foi realizada em julho e agosto de 2021, com 3.602 executivos (124 do Brasil) de administração, tecnologia e segurança. Do total, 62% dos entrevistados são executivos de grandes empresas (receita de US$ 1 bilhão ou mais) e 33% estão em empresas com receitas de US$ 10 bilhões ou mais.

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