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Mal súbito é um problema grave, mas não precisa ser sinônimo de morte

    Quando se ouve falar de alguém que sofreu um mal súbito, a imagem que vem imediatamente à cabeça de muita gente é que a pessoa morreu. Talvez pela confusão com o termo morte súbita, que é bem parecido, há uma ideia de que sofrer mal súbito é 100% fatal. Mas isso não é verdade.

    “O mal súbito é na verdade uma reação do organismo a um problema que tende a ser grave. Pelo menos 80% das mortes por mal súbito têm ligação com o coração, mas não existe um vínculo necessariamente estrito entre o mal súbito e a morte súbita”, explica Marco Antônio Marques Félix, médico geriatra, instrutor de Suporte Avançado de Vida pela American Heart Association e consultor da Cmos Drake, empresa fabricante de desfibriladores cardíacos há mais de 30 anos.

    Imagem: Divulgação Internet

    De acordo com Marco Antônio, a principal causa do mal súbito é a arritmia cardíaca maligna, ou seja, a alteração brusca dos batimentos cardíacos. Mas há vários outros fatores que também causam o problema, como a obstrução das artérias do coração e as doenças que afetam o músculo cardíaco. Além desses, também podem levar a um mal súbito as crises convulsivas, o diabetes e o AVC.

    “Muita gente se preocupa com o risco de mal súbito, que é imprevisível, mas o importante mesmo é se preocupar com a saúde do coração e do corpo como um todo. E isso é feito tomando cuidados com a alimentação, mantendo uma rotina de atividades físicas, evitando drogas, álcool e cigarro e consultando e realizando exames periodicamente”, explica o médico consultor da Cmos Drake.

    Por isso, segundo ele, o cuidado maior deve ser preventivo, e ficar sempre atento aos sinais de mal súbito. “Falta de ar, palpitações, dor no peito, perda momentânea e parcial da visão… todos esses sinais indicam a possibilidade de um problema cardíaco que pode resultar num mal súbito, ou seja, num ataque fulminante e inesperado. Nesses casos, o paciente tem pouco tempo para se recuperar. O socorro precisa ser bastante rápido”, recomenda.

    Atendimento rápido é o que pode evitar a morte

    Marco Antônio chama a atenção para que esse socorro inicial precisa ser prestado antes mesmo da chegada do socorro do atendimento de emergência, visto que o tempo gasto no deslocamento até o local da ocorrência pode gastar minutos preciosos e decisivos na sobrevivência da vítima. O tempo é uma das variáveis mais importantes nos casos de problemas cardíacos. A solução está em iniciar o atendimento com procedimentos que minimizem a gravidade do mal súbito, elevando as chances de vida do paciente.

    O principal recurso nesses casos é o uso do desfibrilador externo automático (DEA), equipamento que faz o diagnóstico preciso dos batimentos cardíacos do paciente e é capaz de reestabelecer os batimentos cardíacos, quando identificada uma parada cardíaca. “O DEA é um instrumento fundamental para o socorro imediato. É portátil e fácil de manusear, e orienta o operador sobre todos os passos do atendimento, dando instruções inclusive sobre quando e como realizar as compressões torácicas, popularmente conhecidas como massagem cardíacas”, explica o médico da Cmos Drake. “O DEA não é um substituto ao atendimento hospitalar, mas o socorro inicial essencial que precisa acontecer antes da chegada do socorro para garantir que o mal súbito não seja sinônimo de morte súbita. E então possibilitar que o socorro hospitalar possa acontecer na sequência para recuperação e tratamento da vítima.”, esclarece Marco Antônio.

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