O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de Belo Horizonte apresentou recuo no primeiro trimestre, em comparação aos dois meses anteriores. Em março, a confiança do empresário atingiu 120,7 pontos percentuais contra 122,5 (p.p.), apresentados em janeiro e fevereiro de 2022. Esses resultados foram apurados pelo setor de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio MG), com base nos dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
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A variação negativa do indicador pode ser justificada pelo momento econômico vivenciado no país. “O aumento da taxa de juros acaba encarecendo o crédito para o capital de giro, o que inviabiliza investimentos por parte dos empresários. O conflito entre a Rússia e a Ucrânia é outro fator que também impactou no preço das comodities, principalmente energéticas e agrícolas. E o aumento desses insumos acaba impactando a economia no Brasil”, explicou o economista-chefe da Fecomércio MG, Guilherme Almeida.
Em março, todos os índices que compõem o indicador apresentaram queda em relação ao mês anterior: O Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio – Icaec, (106,4 p.p. contra 101,9 p.p), o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio – Ieec (105,5 p.p. para 149,9 p.p.) e o Índice de Investimento do Empresário do Comércio – Iiec (110,7 p.p. caindo para 110,4 p.p).
“Tanto o cenário desafiador no âmbito conjuntural doméstico, quanto o cenário macroeconômico internacional impactam diretamente o varejo, que lida na ponta, com o consumidor final. Esse é um grande desafio que os empresários irão enfrentar no ano de 2022”, afirma Almeida.
A coleta de dados é realizada sempre nos últimos dez dias do mês imediatamente anterior ao da divulgação da pesquisa. Assim, os dados do Icec de março/2022 foram coletados nos últimos dez dias do mês de fevereiro/2022.