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Dia Nacional do Portador da Doença de Parkinson: marcapasso cerebral proporciona melhorias na coordenação motora do paciente

     


    Com o objetivo de difundir a conscientização e a promoção de debates sobre tratamentos e avanços na medicina, 4 de abril é o Dia Nacional do Portador da Doença de Parkinson, que afeta cerca de 1% da população mundial, sendo 200 mil no Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Para melhor acolher os pacientes com Parkinson e conseguir definir o tratamento mais adequado para cada indivíduo, a Rede Mater Dei de Saúde desenvolveu uma linha específica de cuidados, que conta com neurologistas e neurocirurgiões alinhados na detecção dos sintomas da doença, desde o diagnóstico, seguindo protocolos de tratamento que indicam em tempo oportuno quais terapias são necessárias em cada fase.

    Embora os tratamentos multidisciplinares e medicamentosos sejam para atenuar os sintomas da doença e estejam na linha de frente dos especialistas, a tecnologia tem trazido benefícios imediatos para a qualidade de vida dos pacientes. É por meio da terapia de estimulação cerebral profunda, uma espécie de marca-passo implantado no cérebro, que os parkinsonianos conseguem ter uma melhora na coordenação motora.

    De acordo com o médico neurocirurgião da equipe de Neurocirurgia da Mater Dei, Marcello Penholate, todos os casos de Parkinson acompanhados na rede hospitalar passam por avaliação multidisciplinar. “Tudo o que propomos em termos de tratamento e até de cirurgia de implantação do marcapasso cerebral é alinhado conjuntamente. O paciente de Parkinson precisa de um olhar cuidadoso de cada uma das especialidades envolvidas: neurologia, fonoaudiologia, fisioterapia, neuropsicologia e neurocirurgiões”, comenta.

    A doença – A principal causa do Parkinson, doença degenerativa do sistema nervoso central, é a morte de células do cérebro relacionadas à produção de dopamina, um neurotransmissor responsável pelo controle dos movimentos.

    Progressiva, a doença pode se desenvolver em qualquer pessoa, geralmente a partir dos 50 anos, e é tratada com medicamentos e atividades motoras, como fisioterapia e fonoaudiologia. “Ainda não temos no mundo uma terapia neuroprotetora. Por isso, detectá-la precocemente é importante para, não apenas aliviar sintomas, mas para associar terapias aos remédios o quanto antes”, diz Penholate. Segundo o neurocirurgião, o diagnóstico é feito a partir do exame clínico, quando o médico constata uma série de sintomas que indicam Parkinson, como questões relacionadas ao equilíbrio; lentidão para andar; rigidez entre as articulações do punho, cotovelo, ombro, coxa e tornozelo; tremores de repouso notadamente nos membros superiores e geralmente predominantes em um lado do corpo – quando comparado ao outro; desequilíbrio; e também diminuição do olfato, alterações intestinais e do sono.

    Marcapasso – O implante do marcapasso cerebral numa pessoa com Parkinson é indicado quando a terapia adotada tenha atingido um patamar que necessite de algo que vá além – geralmente, é sugerida para estágios moderadamente avançados, de cinco a 10 anos após o diagnóstico. De acordo com o neurocirurgião, a cirurgia é um recurso que precisa ser indicado tão logo as complicações motoras se configurem como incômodas para o paciente. Sua principal ação é no sentido de atenuar tremores (quando presentes), rigidez e lentidão de movimentos, as principais alterações motoras que a doença traz.

    “Pouca gente fala, mas o marcapasso cerebral atua no alívio de dois importantes aspectos em parkinsonianos, em particular, as discinesias – movimentos involuntários do paciente, quando ele está sob alto efeito do remédio, como começar a dançar de repente; e as flutuações motoras, que ocorrem no sentido contrário, quando a pessoa se vê sem qualquer efeito da medicação e percebe o momento”, explica Marcello Penholate, acrescentando que ambas as situações ocorrem em face da progressão da doença. “Nesse estágio, as doses de medicamentos têm que ser aumentadas e cada vez mais fracionadas ao longo do dia. Com isso, o paciente passa a funcionar como um ‘navio num mar turbulento’, com altos e baixos”, esclarece.

    A cirurgia – Para implantar o marcapasso, o paciente é submetido a uma cirurgia. Eletrodos são colocados no cérebro e ligados ao marcapasso, que fica sob a pele na altura da clavícula. Eles são ligados por um fio, chamado de extensão, também sob a pele. Esse conjunto irá realizar a chamada estimulação elétrica profunda cerebral, que irá interferir nos sinais que causam os sintomas motores da Doença de Parkinson. Com a melhora dos sintomas, o paciente pode diminuir ou até largar as medicações. “Alguns dispositivos mais modernos, além de promover tal efeito, por meio da detecção de ondas beta pelos eletrodos implantados, monitoram os períodos do dia em que os sintomas estariam mais intensos, disponibilizando, assim, uma ferramenta adicional no seu controle, tornando a terapia ainda mais eficiente”,  explica Penholate.

    Por se tratar de um dispositivo, que em resumo é uma bateria, ele sempre irá necessitar de manutenções preventivas – ajustes para conter a progressão dos sintomas (que não deixam de progredir – pois a cirurgia não cura a doença), e que são idealmente realizadas entre quatro e seis meses. “Ressaltamos que a cirurgia necessita de uma equipe dedicada, experiente e em eterna evolução. Por se tratar de uma cirurgia de alto padrão tecnológico agregado, a percepção humana em cada etapa da progressão dos sintomas da doença deve ser monitorada de forma constante e contínua pela equipe multidisciplinar que acompanha o paciente.

    Sobre a Rede Mater Dei de Saúde

    Somos uma rede de saúde completa, com 41 anos de vida, tendo o paciente no centro de tudo e ancorada em três princípios: inteligência e humanização como pilares do atendimento; tecnologia como apoio da excelência; e solidez das governanças clínica e corporativa. Nossos serviços médico-hospitalares estão disponíveis para toda a família, em todas as fases da vida, com qualidade assistencial e profissionais altamente capacitados e especializados. Estamos em expansão, levando para mais pessoas o Jeito Mater Dei de Cuidar e de Acolher. Nossa premissa é valorizar a vida dos nossos pacientes em cada atendimento, disponibilizando o melhor que a medicina pode oferecer.

    Unidades

    Minas Gerais: Hospital Mater Dei Santo Agostinho, Hospital Mater Dei Contorno, Hospital Mater Dei Betim-Contagem, Hospital Santa Genoveva, CDI Imagem e Hospital Santa Clara*

    Bahia: Hospital Mater Dei Salvador (inauguração em breve) e Hospital EMEC*

    Goiás: Hospital Premium

    Pará: Hospital Porto Dias

    * Sujeito ao closing

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