A pouco menos de um mês para a celebração do Dia das Crianças, os comerciantes da capital mineira já começam a se movimentar em torno da data. De acordo com pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), realizada com comerciantes da cidade entre os dias 22 de agosto e 9 de setembro, 45,2% dos entrevistados esperam que a movimentação do período seja melhor que em 2021.
O otimismo dos comerciantes reflete na expectativa de tíquete médio: R$ 122,05, por presente. Um valor 25% maior que no último ano. Caso a perspectiva de quantia gasta se confirme, a economia da capital poderá receber uma injeção de R$ 2,32 bilhões ao longo do mês de outubro, representando um crescimento de 1,15% em comparação ao mesmo período de 2021.
“Viemos de um primeiro semestre com datas comemorativas muito positivas. Agora temos pela frente o Dia das Crianças, que é uma grande força do varejo. O aumento da geração de empregos, o recuo da inflação, o abrandamento da pandemia e o fim do uso obrigatório de máscaras têm nos proporcionado melhores perspectivas e são alguns dos motivos do otimismo dos varejistas”, avalia o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. Ainda de acordo com o dirigente, a liquidação de produtos (23,5%) e a flexibilidade nas formas de pagamento (5,9%) também impactam positivamente a perspectiva de vendas.
Brinquedos e roupas: as estrelas da data
Assim como nos anos anteriores, os itens de maior saída para o Dia das Crianças, na visão dos lojistas, deverão ser brinquedos (36,2%) e vestuário (24,6%). Em seguida aparecem itens de papelaria (17,3%), acessórios (12,3%), livros (7,3%), calçados (6,6%), produtos alimentícios (chocolates, guloseimas) – 6,3% e jogos (físicos e virtuais) – 6%.
O tíquete médio desses itens aparece da seguinte forma:
Brinquedos: R$ 73,62
Vestuário/Roupas: R$ 96,28
Itens de papelaria: R$ 57,69
Acessórios: R$ 89,19
Pagamento à vista
A maior parte dos entrevistados (72,4%) espera que os consumidores paguem as compras à vista, o que representa um aumento de quase 6% em relação a 2021 (66,4%). Dos consumidores que irão parcelar as compras, espera-se que a maioria divida em três (38,6%) ou seis parcelas (27,7%).
De forma estratificada, os lojistas estimam que as principais formas de pagamento serão:
À vista no cartão de crédito: 46,5%
Parcelado no cartão (crédito ou loja): 27,6%
PIX: 14%
Cartão de débito: 11,6%
Dinheiro: 0,3%
Foco nas redes sociais
Para impulsionar as vendas em torno da data, 80,7% dos lojistas afirmam que vão divulgar seus produtos nas redes sociais, em especial WhatsApp, Facebook, Instagram e Tik Tok.
Dentre as demais estratégias de vendas estão atendimento qualificado (47,8%), decoração da loja (41,9%), flexibilidade de pagamento (13,3%), liquidação (8,6%), mix de presentes (3%). Já as ferramentas utilizadas para divulgação devem ser propaganda boca a boca (10%), site da empresa (9,6%), mídia off-line (3,7%), TV (3%).
Dia dos Professores
A pesquisa questionou os comerciantes se eles esperam que o Dia dos Professores, celebrado em 15 de outubro, impacte as vendas da temporada. Para 80,4% dos entrevistados, os consumidores não devem adquirir presentes para essa data. Já 19,3% acreditam que os clientes devem adquirir um presente e 0,3%, dois itens.
Na visão dos lojistas, os itens com mais saída devem ser objetos de decoração (52,5%), papelaria (47,5%), cosméticos (10,2%), produtos alimentícios (8,5%) e roupas e vestuário (6,8%).