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A tão desejada gravidez e a importância da realização  de exames de dosagens hormonais

    Mulher, você conhece bem seus hormônios? Sabe como eles podem interferir no seu desejo de engravidar? São vários os hormônios que participam das funções do organismo feminino, promovendo o crescimento e a liberação dos óvulos, o preparo do útero, a manutenção da gravidez, a produção de leite materno e as contrações de parto. Eles também são responsáveis pelo desenvolvimento e manutenção das características sexuais, como volume das mamas, formato do quadril; têm influência na libido, lubrificação vaginal e outras funções.

    Pela glândula hipófise, localizada no cérebro, são secretados o FSH e o LH, substâncias que estimulam as funções ovarianas. Por sua vez, os ovários, além de responderem aos hormônios hipofisários para desencadear a ovulação, produzem progesterona e os estrógenos. Estrógenos ou estrogênio são termos que se referem a um conjunto de hormônios esteroides, sendo os três principais o estradiol, a estrona e o estriol. Todos sintetizados a partir do colesterol em vários tecidos endócrinos e com função específica no ciclo menstrual.

    De modo geral, os hormônios são substâncias que fazem a integração da atividade de sistemas e subsistemas do organismo, alterando funções celulares. “Os estrogênios, em específico, atuam junto com a progesterona provocando a modificação das células do endométrio, tecido que reveste o útero por dentro. Um deles, o estradiol, é bem relevante para as mulheres que desejam engravidar, pois é responsável por estimular a proliferação celular no endométrio, deixando o tecido mais espesso para a possível fixação de um embrião. Já a progesterona age na diferenciação e na organização do tecido endometrial e no controle da implantação, contendo a atividade mitótica dos estrógenos”, explica o ginecologista e especialista em reprodução humana, Marcos Sampaio, diretor da clínica Origen BH.

    Segundo ele, vale acrescentar que a ação progestagênica está relacionada, ainda, à manutenção da gravidez e à maturação do epitélio mamário. “Ambos os hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, também são produzidos pela placenta durante a gestação”, pontua.

    Ciclo reprodutivo – O ciclo reprodutivo ou ciclo menstrual dura, aproximadamente, 28 dias e é dividido em duas fases – folicular e lútea – separadas pela ovulação. A fase folicular é marcada pela secreção dos hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH) pela hipófise, os quais promovem o desenvolvimento dos folículos ovarianos para que um deles libere um óvulo viável para a fecundação.

    “Durante o crescimento dos folículos, eles secretam estrogênio. Assim, o hormônio vai aumentando a espessura do endométrio com a proliferação celular. Depois da ovulação, a célula secretora do folículo que se rompeu e liberou o óvulo se transforma em corpo-lúteo e começa a secretar progesterona. Assim, a principal função do estradiol no ciclo feminino é provocar o espessamento do tecido endometrial, deixando-o adequado para receber um óvulo fecundado. Quando a fecundação não ocorre, o corpo-lúteo degenera. Com a redução dos níveis hormonais, o endométrio descama, causa a menstruação e se renova com o início de um novo ciclo”, explica Sampaio.

    Segundo o médico, além de sua importante função na preparação do útero, o estradiol tem ação anabolizante no corpo da mulher, sendo responsável por conservar e restaurar a massa muscular, a massa óssea e o colágeno.

    Para analisar casos de infertilidade feminina, o médico ginecologista pede uma série de exames de dosagens hormonais. O objetivo é verificar as dosagens, se estão em bons níveis para uma possível gravidez, e pesquisar eventuais irregularidades menstruais; sangramento anormal; infertilidade; menopausa ou sinais de menopausa precoce; puberdade precoce; câncer no ovário e outros tumores secretores de hormônios; funcionamento regular dos ovários, das glândulas adrenais ou, durante a gravidez, da placenta; desenvolvimento dos folículos ovarianos durante a estimulação ovariana (técnica realizada nos tratamentos de reprodução assistida); ou distúrbios hipofisários.

    “Uma série de condições podem estar por trás das alterações hormonais, incluindo algumas doenças e até o estilo de vida. Sendo assim, para verificar as causas exatas, outros exames também podem ser necessários. Identificando todos os fatores, é possível fazer intervenções pontuais para tentar restaurar a fertilidade espontânea da mulher”, acrescenta Marcos Sampaio.

    A reprodução assistida é uma opção quando o casal não consegue engravidar naturalmente após um determinado período de tentativas. Nesse contexto, existem tratamentos de baixa e alta complexidade, indicados a partir de uma avaliação detalhada da infertilidade conjugal. O primeiro passo, se você pensa em engravidar, é fazer uma consulta com ginecologista, que possivelmente fará a investigação inicial dos níveis de seus hormônios para ver como está seu organismo. A partir daí, é possível vislumbrar os caminhos para a gravidez.

    Sobre a Origen

    Fundada há mais de 20 anos pelos médicos Marcos Sampaio e Selmo Geber, a Clínica Origen de Medicina Reprodutiva nasceu com o objetivo de centralizar a atenção médica, a disponibilidade da tecnologia e o acolhimento humano no bem-estar e respeito a seus pacientes, auxiliando-os na realização do sonho da maternidade.

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