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MM Gerdau recebe “Era uma vez um lambe-lambe holandês – bonecos de recicláveis contam histórias tradicionais”

    Belo Horizonte vem recebendo nos últimos dias uma série de apresentações da Companhia Zarabatana Lambe. São ao todo quatro micropeças teatrais em formato de teatro lambe-lambe, também conhecido como Teatro de Miniatura. “Era uma vez um lambe-lambe holandês – bonecos de recicláveis contam histórias tradicionais” apresenta quatro histórias elaboradas a partir de diálogos com o consultor holandês Stefan Meyer, que também colabora com a trilha Sonora das montagens.

    Este é o espetáculo de estreia da Zarabatana Lambe, companhia formada pela artista carioca, Clarice Rito e pelo mineiro Hermes Perdigão, com foco no formato lambe-lambe. Para o projeto, além de usar dois contos tradicionais, os artistas criaram novas tramas para dois personagens tirados do famoso Efteling, um parque temático holandês, que se assemelha à Disneylândia. O personagem mais emblemático é HOLLE BOLLE GIJS, traduzido como “João Comilão”, que foi extraído de uma canção voltada para o público infantil para povoar o parque como lata de lixo. Na encenação da Zarabatana, o mecanismo de João Comilão dá pane, e a lata de lixo passa a devorar tudo que aparece pela frente.

    A história é uma metáfora da voracidade com que a humanidade, através do consumismo, vem devorando o planeta e seus recursos naturais. As histórias apresentadas ao público são originárias da região dos Países Baixos. Tanto os cenários quanto os personagens são construídos com materiais reciclados e o enredo das apresentações gira em torno de temas como a sustentabilidade e a nossa conexão com o meio ambiente, consumo responsável, uso de tecnologias e o respeito ao próximo.

    Clarice e Hermes apresentam, cada qual, uma peça com duração aproximada de 2 minutos. No formato de um para um, como é a tradição do teatro lambe-lambe, apenas um espectador por vez assiste ao pequeno espetáculo, que é apresentado de dentro de uma caixa. A trilha sonora é compartilhada somente com o espectador, a partir do uso de fones de ouvido.

    As montagens são consideradas sínteses poéticas, transmitindo histórias de forma que o público preencha as lacunas com seu próprio imaginário.

    A estreia da Companhia Zarabatana Lambe celebra os 33 anos de existência do estilo teatral lambe-lambe e homenageia Ismine Lima – falecida este ano – que junto com Denise Santos, criaram esta modalidade de teatro, inspiradas nos fotógrafos ambulantes. A expectativa dos artistas é de atingir um público abrangente e diversificado. “Queremos despertar a sensibilidade das pessoas para a arte feita nas ruas, divulgando cada vez mais a tradição do teatro lambe-lambe e da artesania”, explica Clarice Rito.

    Esse projeto é a segunda parceria entre Consulado Geral dos Países Baixos no Rio de Janeiro e a Zarabatana Lab Cultural, que assina a produção executiva. “Queremos promover os aspectos da cultura holandesa e reflexões sobre o modo de vida atual, em especial, sobre a ecologia”, completa a artista.

    As apresentações são gratuitas.

     

    A Companhia Zarabatana Lambe

    Hermes Perdigão e Clarice Rito se conheceram em 2014, em Tiradentes, quando ela apresentava a performance sobre consumo consciente, Homem Produto, com o coletivo Urbitantes de que fazia parte. Depois de conversarem, Hermes retornou para entregar-lhe um presente: um gracioso cachorrinho feito com material reciclável. Ali nasceu uma amizade e o desejo de criarem um projeto juntos. A partir da oportunidade gerada pela convocatória CONEXÕES CULTURAIS, CIDADES HABITÁVEIS – 2022 do Consulado Geral dos Países Baixos no Rio de Janeiro, Clarice resolveu produzir a oportunidade de estrear sua prática no teatro de lambe-lambe ao lado do já experiente Hermes, propondo a criação da Cia Zarabatana Lambe, para desenvolverem juntos o projeto “Era uma vez um lambe-lambe holandês – bonecos de recicláveis contam histórias tradicionais”.

     

    Clarice Rito

    Formada em Indumentária e Cenografia pela UFRJ, pós-graduada em Conscientização do Movimento e Jogos Corporais, na Angel Vianna Faculdade e Escola de Dança. Artista transdisciplinar, com habilidades para criação, produção e comunicação, sempre atuou em diversos seguimentos na área da cultura. Dentro de sua área de formação, a experiência de maior destaque foi integrar a equipe de figurino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, de 2008 a 2015.

    Antes, durante e depois deste período, executou trabalhos como criação de roteiros para edições de “Você Sabia”, da equipe de Ziraldo (2207); e para a série animada “Tainá”, da Produtora Sincrocine/Tietê Produções Cinematográficas (2015). Participou da equipe de produção de projeto sócio-cultural, fez programação visual para livros e espetáculos, trabalhou como performer. Deu inúmeras oficinas, dentre elas “Cidades Levadas – criando com recicláveis”, em parceria com o Educativo do CCBB. Em 2017, ilustrou, diagramou e produziu eventos de lançamento do livro infantil “A menina e suas conchas”, de Bárbara Saddy – nos quais contou a história, com sua autora, utilizando bonecos de papel. Em 2018, a fim de dar vazão ao seu potencial criativo com pequenas produções autorais, resolveu abrir a produtora Zarabatana Lab Cultural.

     

    Hermes Perdigão

    Teve o primeiro contato com a arte em um convento em Contagem/MG. Brincando com bonecos, formando cavalinhos com miolo de pão e outras formas para brincar. Na escola, aos 10 anos de idade, se encantou pelo universo dos bonecos depois de assistir uma apresentação. Iniciou na atividade artística como contra-regra na Gesto, uma escola de Teatro de Silvino Fernandes: dramaturgo e grande construtor de bonecos de espuma e outras pequenas peças.

    Como manipulador, teve a oportunidade de trabalhar na Cia Catibrum, fundada por Lelo Silva, na peça “O Dragão que queria ver o Mar”; e no espetáculo “Metamorfose”, do Grupo Girino (BH). Foi no Festival Internacional do Teatro de Bonecos de Belo Horizonte, que ele descobriu o teatro lambe-lambe e, a partir daí, investiu na criação de sua própria caixa, dando origem à Cia Hermes Perdigão. A primeira montagem foi “Ah, vó!”, com bonecos reciclados. Depois dela, vieram inúmeras outras e ele participou de mais de vinte festivais, dentre eles: o de Joinville, o Festival Internacional de Teatro de Bonecos de Belo Horizonte, o Festim – em várias edições- , do Festlambe no Chile, e o  Encontro Festejo de 30 anos do Teatro de Lambe- Lambe na Bahia, em  2019.

     

    Serviço:

     

    Próximas apresentações:

     

    Data: 23/11 (quarta-feira)

    Horários: 16h às 17h

    Local: MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal (praça de Convivência)

    Endereço: Praça da Liberdade, 680 – Funcionários – BH

     

    Data: 23/11 (quarta-feira) (Evento fechado)

    Horários: 19h às 20h

    Local: UEMG

     

    Data: 24/11 (quinta-feira)

    Horários: 11h às 12h

    Local: Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado no Teatro de Arena

    Endereço: Rua Ministro Hermenegildo de Barros, 904 – Itapoã – BH

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