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Empregabilidade jovem: a porta ainda é estreita para os estudantes

    Muito se fala sobre a taxa média de desemprego de 2022 que caiu para 9,3%, o menor patamar desde 2015, segundo dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). Porém, para os jovens brasileiros, a inserção no mercado de trabalho tem sido um grande desafio. Além do público 50+, os profissionais que mais sofrem para conseguir emprego possuem 14 a 29 anos, de acordo com dados da consultoria IDados. Estes números são expressivos e refletem mais de 12 milhões de jovens que dependem de seus pais, ou responsáveis, para se sustentar, enquanto já poderiam estar se mantendo sozinhos caso tivessem um trabalho remunerado.

     

    Há diversas dificuldades enfrentadas para a inserção neste mercado, como a pouca maturidade profissional, falta de vagas, instabilidade ocupacional e, principalmente, a falta de experiência, talvez o motivo mais significativo para que as empresas não contratem pessoas jovens em seus quadros.

     

    Outra dificuldade enfrentada é o conflito de gerações dentro das empresas, afinal, existem áreas que costumam ser dominadas por profissionais que já possuem anos de carreira. Logo, para uma pessoa que nunca trabalhou, é mais difícil competir com as qualificações de um profissional mais experiente. Apesar de parecer óbvio que um jovem ainda não tenha desenvolvido habilidades para determinadas áreas quando o assunto é seu primeiro contato com a jornada profissional, o mercado de trabalho continua exigindo isso dele. Na contramão, dados do IBGE mostram que um dos principais desafios para o Brasil é investir na qualificação profissional. Por isso, é necessário reverter este cenário, abrindo a porta de entrada para jovens talentos no mercado.

     

    Uma forma de apoiar a juventude a entrar no mercado de trabalho é participar de uma empresa júnior, entidades sem fins lucrativos, formadas dentro das universidades, que possibilitam a esses jovens receber uma formação prática empreendedora e focada na liderança, atuando na criação e execução de projetos reais para empresas reais, contando com o apoio de profissionais gabaritados. Jovens que participam do Movimento Empresa Júnior (MEJ) conquistam até quatro vezes mais rápido uma vaga na sua área de atuação em relação aos estudantes que não fazem parte do movimento, de acordo com a Pesquisa de Mensuração de Impacto realizada ano passado pelo MEJ. Apenas em 2021, cerca de 33 mil jovens de todo o Brasil receberam formação empreendedora participando do MEJ. Em São Paulo, a FEJESP (Federação das Empresas Juniores do Estado de São Paulo) reúne cerca de 5 mil jovens empresários em mais de 211 empresas ligadas a 49 instituições de ensino superior, uma parcela significativa de jovens que estão preparados para ingressar no mercado de trabalho.

    “Boa parte dos jovens que estão em busca de emprego, cursam a faculdade e possuem pouca vivência prática e conhecimento restrito sobre a dinâmica do mercado que está cada vez mais exigente. Neste contexto, os principais objetivos do MEJ é ampliar o aprendizado do universitário em sua área de atuação, aproximando o mercado de trabalho dos acadêmicos e gerando mais oportunidades de emprego”, diz Felipe Galhardo, presidente executivo da FEJESP.

    Para falar mais sobre o tema indico o porta-voz da entidade (perfil abaixo):

    Felipe Galhardo

    Estudante de Farmácia-Bioquímica na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. Atua no Movimento Empresa Júnior desde 2019, quando ingressou em sua empresa júnior, tendo sua trajetória marcada por trabalhos a nível regional no estado como Presidente Executivo e Diretor de Expansão do Núcleo São Paulo de Empresas Juniores ao longo de 2022, e atualmente, é Presidente Executivo da FEJESP – Federação Paulista de Empresas Juniores.

    FEJESP

    A FEJESP é a Federação das Empresas Juniores do Estado de São Paulo, responsável por representar todas as empresas juniores perante o Estado, a partir do suporte às EJs, participação de eventos a nível estadual de agentes de governo e mercado, também responsável por expandir a rede para que cada vez mais alunos de graduação tenham acesso à vivência empresarial.

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