*Por David Braga
Há empresas cujas marcas são poderosas e extremamente valiosas financeiramente. Isso pode estar atrelado à identidade da organização ou mesmo a um produto reconhecido. É o que chamamos de brand equity. E o valor de marca é uma estratégia de branding para a corporação se conectar com seu público consumidor. Não à toa, Amazon, Apple, Google, Microsoft e Meta são consideradas as big techs mais valiosas do mundo.
Porém, uma marca não nasce de repente, nem do dia para a noite. Sempre existe por trás um gênio ou alguém que pensa muito diferente da média e que coloca a palavra disrupção em tudo o que faz na prática. Assim surgiram grandes impérios. Todas essas marcas que citei anteriormente não valeriam praticamente nada não fossem as pessoas fazendo as coisas acontecerem. Afinal, ao tirarmos os profissionais das empresas, o que resta? Apenas os móveis e as tecnologias.
Nesse contexto, no entanto, ainda percebemos organizações que querem ter destaque no cenário nacional – e até mesmo global –, mas não se preocupam de forma genuína com as pessoas. É preciso lembrar que a marca não comove; pessoas, sim! Marcas vencedoras têm um sentimento atrelado a elas. E, como sabemos, o que sensibiliza gente é gente.
Por isso, chamo atenção: empresas mais humanizadas e lideranças inspiradoras nunca foram tão necessárias, uma vez que é fundamental promover um clima harmônico e equilibrado no ambiente corporativo, onde todos os colaboradores possam ser quem são. Isso, sim, é aplicar a diversidade na essência. Claro que a busca por resultados é sempre muito importante, entretanto, não ocorre mais a qualquer custo. Engana-se quem pensa que discussões sobre capitalismo consciente, propósito, legado e felicidade no trabalho são apenas modinhas corporativas. Pelo contrário: esses aspectos impactam diretamente o faturamento e o futuro da organização. Consequentemente, deixar de observá-los com atenção é colocar a companhia às margens da mediocridade.
Se você está no time de uma empresa de destaque ou almeja construir uma delas, não se esqueça de cuidar do seu principal patrimônio: as pessoas. No fim
das contas, são os talentos que posicionam as principais marcas no ranking como as vencedoras do mercado.
David Braga é CEO, board advisor e headhunter da Prime Talent, empresa de busca e seleção de executivos, presente em 30 países pela Agilium Group; é conselheiro de Administração e professor convidado pela Fundação Dom Cabral; além de conselheiro da ABRH MG, ACMinas e ChildFund Brasil. Instagrams: @davidbraga | @prime.talent