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Custo da construção em Belo Horizonte aumentou 0,09% em junho

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    O Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m² – projeto-padrão R8-N) aumentou 0,09% em junho, a menor variação mensal registrada desde dezembro/17, quando apresentou elevação de 0,08%. O resultado de junho/19 pode ser justificado pela alta de 0,23% no custo com materiais de construção. Todos os demais componentes (mão de obra, despesas administrativas e aluguel de equipamentos) permaneceram estáveis. 

    O custo do metro quadrado de construção em Belo Horizonte, para o projeto-padrão R8-N (residência multifamiliar, padrão normal, com garagem, pilotis, oito pavimentos-tipo e três quartos) que em maio/19 era R$1.426,98 passou para R$1.428,31 em junho/19.   O CUB/m² é um importante indicador de custos do setor e acompanha a evolução do preço de material de construção, mão de obra, despesa administrativa e aluguel de equipamento.

    É calculado e divulgado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) conforme a Lei Federal 4.591/64 e de acordo com a Norma Técnica NBR 12721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

    Na composição do CUB/m² (projeto-padrão R8-N) a mão de obra representou, em junho, 55,88% do custo, os materiais de construção responderam por 40,03% e as despesas administrativas/aluguel de equipamentos foram responsáveis por 4,09%. 

    De acordo com o coordenador sindical do Sinduscon-MG, economista Daniel Furletti, o custo com material de construção é o único componente do CUB/m² que está registrando alta. “Os custos com a mão de obra, despesas administrativas e aluguéis de equipamentos têm permanecido constantes nos últimos meses, fazendo com que o CUB/m² esteja refletindo somente as altas que estão acontecendo com os materiais de construção. Em virtude disso, assistimos, em junho, a menor variação do referido indicador de custos da construção dos últimos 18 meses”, explica. 

    A alta de 0,23% observada no custo com materiais de construção foi a segunda menor do ano. Entre os materiais que apresentaram aumento em seus preços em junho/19 destacaram-se: areia (+4,65%), chapa compensado plastificado (+1,26%), tinta látex PVA (+1,25%) e vidro liso transparente 4 mm (+1,23%). 

    Para o economista e coordenador do Sinduscon-MG, Daniel Furletti, a menor  variação dos insumos da construção está refletindo o comportamento da inflação do País e o menor dinamismo das atividades da construção. “O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação, ficou em 0,01% em junho, a menor taxa para 2019. Além disso, a Construção Civil, assim como a economia em geral, ainda caminha com dificuldades, registrando níveis baixos em seus indicadores de atividade.

    As expectativas para o crescimento do PIB do  País estão em 0,81%, bem menor, portanto, do que o aguardado no início do ano (+2,5%). Para a Construção Civil as estimativas sinalizam crescimento de, no máximo, 0,5% enquanto, nos primeiros meses do ano, aguardava-se alta de 2%. Portanto, neste cenário, não existe nenhum espaço para aumento de custos”, analisa. 

    Acumulado no período de janeiro a junho/19 – No primeiro semestre do ano o CUB/m² (projeto-padrão R8N) registrou alta de 1,30%. Já o custo com material aumentou, neste período, 2,12% e o custo com a mão de obra 0,82%. Os custos com as despesas administrativas e com o aluguel de equipamentos permaneceram estáveis.   Os materiais que registraram as maiores elevações de preços foram: areia (+16,34%), tinta látex PVA (+11,86%), brita (+11,03%) e aço CA 50 10 mm (+7,04%). 

    Acumulado nos últimos 12 meses (julho/18 – junho/19)

    Nos últimos 12 meses o CUB/m² (projeto-padrão R8-N) registrou alta de 4,45%, o que foi reflexo das seguintes variações: 4,98% no custo com material de construção, 4,38%no custo com a mão de obra e estabilidade no custo com as despesas administrativas e com o aluguel de equipamentos. Os materiais que apresentaram maiores elevações em seus preços nos últimos 12 meses foram:  porta interna semi-oca para pintura (+21,50%), aço CA 50 10mm (+18,01%), tubo de ferro galvanizado com costura 2 ½” (+16,79%), areia (+16,34%) e brita (+15,27%).       

        Evolução do CUB Global/ Material/ Mão de Obra – Projeto-padrão R8-N

    Mês/Ano % CUB Global % Custo Material % Custo Mão de obra Mês/Ano %

    CUB      Global

    % Custo Material % Custo Mão de obra
    Jan./18 0,25 0,39 0,00 Jan./19 0,53 0,18 0,82
    Fev. 0,14 0,35 0,00 Fev. 0,13 0,32 0,00
    Mar. 0,25 0,38 0,00 Mar. 0,10 0,25 0,00
    Abr. 1,45 0,09 2,53 Abr. 0,20     0,51 0,00
    Maio 0,17 0,44 0,00 Maio 0,25 0,62 0,00
    Jun. 0,49 1,22 0,00 Jun. 0,09 0,23 0,00
    Jul. 0,30 0,72 0,00 Jul.
    Ago. 0,31 0,76 0,00 Ago.
    Set. 0,13 0,33 0,00 Set.
    Out. 0,11 0,28 0,00 Out.
    Nov. 0,18 0,45 0,00 Nov.
    Dez. 2,05 0,23 3,53 Dez.

                  Fonte e elaboração: Assessoria Econômica/Sinduscon-MG.

    Resultado do CUB/m² desonerado

    O CUB/m² desonerado aumentou 0,10% em junho/19, acumulando alta de 1,43% no primeiro semestre do ano e 4,53% nos últimos 12 meses (jul/18-jun/19). 

    A metodologia de cálculo do CUB/m² e do CUB/m² desonerado é a mesma, ou seja, ambos seguem as determinações da Lei Federal 4.591/64 e da ABNT NBR 12.721:2006. A diferença encontra-se no percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. No CUB/m² que não considera a desoneração da mão de obra, os encargos previdenciários e trabalhistas (incluindo os benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho) totalizam 189,03%. Já no CUB/m² desonerado, os encargos previdenciários e trabalhistas (também incluindo os benefícios da Convenção Coletiva) somam 158,82%.

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