Segundo o Banco Central (BC), as instituições financeiras ainda têm R$ 4,6 bilhões para devolver no Sistema de Contas a Receber (SVR), que foi suspenso em abril deste ano. Desse total, cerca de R$ 3,6 bilhões foram destinados a 32 milhões de pessoas físicas e R$ 1 bilhão a 2 milhões de pessoas jurídicas.

O sistema foi lançado em janeiro, mas o site do banco central estava congestionado devido à alta demanda por valores que teriam ficado nas contas. Diante disso, o BC criou uma plataforma dedicada ao CPF para consulta e consolidação de datas. O sistema deveria reabrir em maio, mas o prazo foi adiado por causa de uma greve dos trabalhadores da cidade.

Ainda não foi definida uma data de reabertura negociada com a SVR. No entanto, o BC esclareceu que as diretrizes regulatórias exigem que as instituições encaminhem informações sobre valores esquecidos às autoridades financeiras. De fato, o banco central também anunciou que receberia dados institucionais em janeiro.

Sobre a restauração do SVR, o BC informou que está aprimorando o sistema, incluindo novos tipos de valores e um módulo para consulta de dados do falecido. Portanto, qualquer pessoa com direito legal de resgatar o valor esquecido pode confirmar que o valor existe e receber instruções sobre como retirá-lo. Nesses casos, os herdeiros legais devem assinar um termo de responsabilidade antes das negociações para evitar possíveis processos futuros contra o Tesouro.

Além disso, uma das principais mudanças foi a inserção de “filas virtuais” para acessar o sistema. Substitua a lógica de acesso agendada (com data e hora predefinidas) da primeira versão do SVR. No entanto, segundo o BC, as instituições financeiras transferem os seguintes tipos de valores que os correntistas esquecem:

  • Contas pré e pós-paga encerradas com saldo disponível;
  • Contas de registro mantidas por sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários encerradas com saldo disponível;
  • Contas de registro mantidas por sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários para registro de operações de clientes encerradas com saldo disponível;
  • Demais situações que possibilitam a devolução de valores reconhecidas pelas instituições.

Os atuais 4,6 bilhões de reais a serem restituídos referem-se a um valor que os bancos esqueceram, e mais poderão ser adicionados à medida que a instituição financeira atualizar seus números. Mas aqui estão os valores até então esquecidos no sistema financeiro:

  • 23,58 milhões de correntistas (68%) até R$ 10;
  • 7,94 milhões (23%) entre R$ 10,01 e R$ 100;
  • 2,86 milhões (8%) de R$ 100,01 e R$ 1 mil;
  • 476,5 mil (1%) acima de R$ 1 mil.

Entre fevereiro e abril deste ano, antes do colapso do sistema, o BC exigiu que as instituições financeiras devolvessem R$ 2,36 bilhões a 7,2 milhões de pessoas físicas e 300 mil CNPJ. Desse total, R$ 321 milhões foram devolvidos a 3,7 milhões de beneficiários por meio do pix. O restante será devolvido pelos beneficiários e instituições por meio de outros canais de atendimento(telefone, correio, etc.).

O SRV Banco Central é um serviço para pessoas físicas e jurídicas apurarem denúncias de entidades reguladas pelo Banco Central, e uma plataforma para solicitar a devolução de recursos. Por fim, vale lembrar que mesmo havendo interrupção no serviço, não há risco de perda do valor desde que esteja sob o controle da instituição financeira.

Se você não nos contatou quando abriu seu SRV pela primeira vez, ou se você nos contatou no início do ano e não pediu reembolso, não se preocupe. Isto porque quando o sistema é reiniciado, esta fase também inclui todos os serviços disponíveis na primeira fase.

 

By Redacao

.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *