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Carla Madeira é a convidada do Sempre Um Papo no Dia da Mulher

    Para celebrar o Dia da Mulher, o Sempre Um Papo recebe no dia 8 de março, terça-feira, às 19h, a escritora Carla Madeira, para falar sobre os seus três romances: o best seller que marcou sua estreia na literatura “Tudo é Rio”, “A Natureza da Mordida” e “Véspera” (Ed. Record). A conversa será mediada por Afonso Borges, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do projeto, direto do MM Gerdau Museus das Minas e do Metal, em Belo Horizonte. O bate-papo, de acesso gratuito, contará com tradução simultânea em Libras.

    O Sempre Um Papo é viabilizado através do patrocínio da Gerdau, com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, da Secretaria De Estado de Cultura  e Turismo de Minas Gerais – Secult – MG.

    Tudo é rio narra a história do casal Dalva e Venâncio, que tem a vida transformada após uma perda trágica, resultado do ciúme doentio do marido, e de Lucy, a prostituta mais depravada e cobiçada da cidade, que entra no caminho deles, formando um triângulo amoroso. Na orelha do livro, Martha Medeiros escreve: “Tudo é rio é uma obra-prima, e não há exagero no que afirmo. É daqueles livros que, ao ser terminado, dá vontade de começar de novo, no mesmo instante, desta vez para se demorar em cada linha, saborear cada frase, deixar-se abraçar pela poesia da prosa. A metáfora do rio se revela por meio da narrativa que flui – ora intensa, ora mais branda – de forma ininterrupta, mas também por meio do suor, da saliva, do sangue, das lágrimas, do sêmen, e Carla faz isso sem ser apelativa, sem sentimentalismo barato, com a habilidade que só os melhores escritores possuem.

    A Natureza da Mordida, segundo livro de Carla Madeira, é um livro sobre a amizade. É sobretudo marcado pelo amor à literatura. Olívia e Biá, as duas protagonistas da história, se encontram pela primeira vez num pequeno sebo improvisado. Devastada por uma perda recente, Olívia se deixa envolver pela fala desatinada de Biá, por seu humor dilacerante, sua tragédia cotidiana e os mistérios de uma dor antiga. Nos doze primeiros encontros, o leitor se verá enredado por uma história cheia de lacunas. Vai experimentar, como a própria Biá, as intensidades da perda de memória, marcada ora pelos esquecimentos, ora pelas lembranças salientes. Será preciso mastigar cada tesouro que emergirá dos encontros e das anotações feitas por Biá, mesmo que tomado pela angústia de não poder compreendê-los ainda. A partir daí tudo começa a ser revelado. A narrativa ganha o fluxo das histórias que não podem ser interrompidas, toda a vida de Olívia virá à tona e, ao conhecer a vida de Olívia, o leitor vai sendo preparado para compreender Biá. É com essa provocação, que desestabiliza as fronteiras entre o bem e o mal e obriga o leitor a se colocar no lugar do outro, que A Natureza da Mordida se torna um livro de força universal.

    Véspera retoma a escrita brilhante e contagiante de Carla Madeira, que desperta todo tipo de emoção no leitor. A autora cria personagens que parecem estar vivos diante de nós. As emoções que sentem são palpáveis e suas reações, autênticas. Temos a sensação de conhecê-los de perto, inclusive as contradições e os pontos cegos. A narrativa começa com a pergunta: como se chega ao extremo? Vedina, uma mulher destroçada por um casamento marcado pelo desamor, em um momento de descontrole abandona seu filho e, imediatamente arrependida, volta para o lugar onde o deixou e não encontra quaisquer vestígios de sua presença. Este é o acontecimento nuclear da trama que expõe as entranhas de uma família – pai alcóolatra, mãe controladora, irmãos gêmeos tensionados pelas diferenças – que, como tantas outras famílias, torna-se um lugar onde as singularidades de cada um não são acolhidas, criando rachaduras por onde a violência se infiltra.Contada em dois tempos, o dia do abandono e os dias que vieram antes dele, o romance avança como duas ondas até que elas se chocam e se iluminam. O leitor se vê diante de um espantoso presente que expõe o quanto as palavras são capazes de inventar a verdade. 

    Carla Madeira nasceu em Belo Horizonte em 1964. Largou um curso de matemática e se formou em jornalismo e publicidade. Foi professora de redação publicitária na Universidade Federal de Minas Gerais e é sócia e diretora de criação da agência de comunicação Lápis Raro. Em 2014, lançou seu primeiro romance, Tudo é rio, um sucesso editorial, recebido com entusiasmo pelo público e pela crítica. Em 2018, lançou seu segundo romance, A natureza da mordida. Em 2021, lançou Véspera, seu terceiro livro. 

    Sempre um Papo – 36 anos

    Criado em 1986, pelo jornalista Afonso Borges, o “Sempre Um Papo” é reconhecido como um dos programas culturais de maior credibilidade do país. O projeto realiza encontros entre grandes nomes da literatura e personalidades nacionais e internacionais com o público, ao vivo, em auditórios e teatros. Durante a pandemia, os encontros têm acontecido em formato virtual, com transmissão pelo YouTube do projeto.

    Em sua história, já ultrapassou os limites de Belo Horizonte e chegou a 30 cidades, em oito estados do país, tendo sido realizado também em Madri, na Espanha. Em 35 anos de trabalho, aconteceram mais de 7 mil eventos, que reuniram um público superior a 2 milhões de pessoas. 

    Serviço:

    Sempre Um Papo recebe Carla Madeira

    Dia 8 de março, terça, às 19h

    Local: YouTube do Sempre Um Papo

    Informações: www.sempreumpapo.com.br

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