A obesidade vem, de forma alarmante e silenciosa, crescendo no mundo todo. Dados do Ministério da Saúde indicam que as taxas de obesidade quase triplicaram desde 1975 no Brasil, e aumentaram quase cinco vezes entre crianças e adolescentes. O mal, considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como epidemia global, afeta pessoas de todas as idades e de todos os grupos sociais nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, alcançando 650 milhões de pessoas em todo o mundo.
A obesidade é um dos principais fatores de risco para várias doenças não transmissíveis (DNTs), como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral e várias formas de câncer. Para lembrar os perigos da doença, considerada um mal do século 21, foi criado o Dia Mundial da Obesidade, neste 4 de março. Na data, há mobilizações e informações gerais para a população, em diversos países, com o intuito de educar as pessoas para a prevenção da doença.
Segundo a OMS, a pessoa é considerada obesa quando seu Índice de Massa Corporal (IMC) é maior ou igual a 30 kg/m2 e a faixa de peso normal varia entre 18,5 e 24,9 kg/m2. Aqueles que têm IMC entre 25 e 29,9 kg/m2 são diagnosticados com sobrepeso e já podem ter prejuízos com o excesso de gordura. De acordo com o médico, cirurgião geral e cirurgião bariátrico Marcus Martins, coordenador de Cirurgia Geral da Rede Mater Dei de Saúde, sempre antenada aos melhores tratamentos mundiais e para melhor cuidar de seus pacientes, a rede hospitalar oferece uma linha completa de cuidados médico-hospitalares para tratar a obesidade e a síndrome metabólica.
Segundo Martins, os pacientes obesos ou com sobrepeso excessivo que buscam tratamentos de saúde têm um grupo multidisciplinar à disposição, que atende por meio do Mais Saúde Ambulatórios e Cuidados Continuados Mater Dei, em Belo Horizonte, e na Unidade Mater Dei Betim-Contagem, integrando diversas especialidades – além do cirurgião bariátrico e metabólico, compõem o time de especialistas endocrinologistas, nutrologistas, cardiologistas, psiquiatras, psicólogos, profissionais da equipe de Medicina do Esporte e cirurgiões plásticos.
“Esses profissionais especializados em casos de obesidade e síndrome metabólica estão prontos para proporcionar um atendimento humanizado e completo, associando ao tratamento toda infraestrutura hospitalar de exames e internação. Por se tratar de uma doença crônica, essa linha de cuidado se mostra muito eficaz, pois permite uma boa comunicação entre as equipes, com uma diretriz única, prontuário único entre internação e ambulatório, otimizando informações e evitando gastos desnecessários, de modo que o paciente recebe um tratamento integral com redução de custo e tempo”, explica o médico.
Cirurgias bariátricas – Um dos tratamentos indicados para pacientes obesos graves é a cirurgia bariátrica, que registrou 1.200 procedimentos em hospitais de Belo Horizonte, em 2022, ou seja, uma média de 100/mês.
“Registramos um aumento entre os anos de 2021 e 2022 na Rede Mater Dei. Depois da fase aguda da pandemia de Covid-19, em 2021 tivemos um ano atípico, com grande número de cirurgias represadas de 2020. A pandemia também gerou procura por saúde e melhora na qualidade de vida, impulsionada após o longo período de restrições, levando as pessoas a se preocuparem mais com esses aspectos. A partir de 2022, e este ano, já temos tendência de aumento importante no número de cirurgias”, pontua.
Entre as técnicas mais adotadas quando o assunto é cirurgia bariátrica, há duas que o cirurgião cita como as mais adotadas pelos centros médicos mais avançados. “A primeira é o Bypass gástrico em Y de Roux, na qual é realizado um procedimento associado a um desvio intestinal, com perda favorável e sustentada de aproximadamente 35/40 % do peso e um ótimo controle metabólico. A segunda técnica bastante usada é a gastrectomia vertical ou Sleeve, na qual fazemos uma gastrectomia tubular no estômago, levando a uma perda de aproximadamente 30% do peso corporal”, cita.
Vale lembrar que a cirurgia bariátrica não é para todos os pacientes obesos, pois há contraindicações, como quando a pessoa apresenta algum tipo de limitação intelectual significativa; gestantes; pessoa com doença genética ou sem suporte familiar adequado; ou quando o paciente apresenta um quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso contínuo de álcool ou drogas ilícitas.
Excelência Mater Dei – Você sabia? Um dos riscos relacionados à cirurgia bariátrica é a incidência de tromboembolismo venoso, ou conhecido como TEV. A Rede Mater Dei possui um protocolo de gerenciamento da TEV que é considerado nível máximo (nível 5) pelo Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente (IBSP).