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Diogo Nogueira traz show “Munduê” a Belo Horizonte

    Foto: Marcus Hermes

    Celebrando 10 anos de carreira, o cantor e compositor Diogo Nogueira está na estrada com o elogiado show do novo álbum “Munduê”, seu primeiro projeto inteiramente autoral e que traz sonoridade que privilegia a batucada e o samba de raiz,  e aporta em Belo Horizonte no dia 30 de novembro, sexta-feira, no Palácio das Artes.



    Este show do disco “Munduê” de Diogo já conquistou o público e crítica, com lotação esgotada por onde passa. O disco está indicado ao Grammy Latino deste ano na categoria de Melhor Álbum de Samba/Pagode – prêmio que já ganhou por duas vezes. Em setembro Diogo fez sua quarta turnê americana por palcos consagrados como o Berklee Performance Center (Boston), Melrose Ballroom (New York), Buckhead Theatre (Atlanta), House of Blues (Orlando), além de shows em Boca Raton, na Flórida, e São Francisco e Los Angeles, na Califórnia.

    Com cenário de Helio Eichbauer, luz de Arthur Farinon e figurino assinado por Milton Castanheira, o cenário é baseado no teatro chinês e traz uma tela branca gigante onde são projetadas sombras e imagens, de acordo com o momento do show. Fernanda Montenegro, já homenageada por ele no disco “Mais Amor”, de 2013, faz uma participação especial numa locução gravada de um trecho do livro “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa, do qual uma frase inspirou Diogo a compor a música “Coragem”.

    Há muito tempo Diogo Nogueira deixou de ser uma promessa para se tornar um de nossos maiores sambistas. Honrando o DNA herdado de uma das figuras mais queridas e emblemáticas do samba, o pai João Nogueira, o artista tem levado adiante o bastão do gênero sempre buscando se integrar aos novos, sem abandonar a velha guarda ou ceder aos modismos puramente comerciais.



    Artista multimídia, Diogo é cantor, compositor, instrumentista, apresentador e estreou como ator em 2015 no musical “SamBRA”, além de apresentar o programa “Samba na Gamboa” (hoje a maior audiência da TV Brasil e também exibido na TV Cultura). Comandou o programa semanal de rádio, o “Batukada Boa”, com uma roda de samba ao vivo na Rádio Transcontinental, São Paulo. No início deste mês de novembro, estreou nova roda de samba, desta vez no Viaduto de Madureira no Rio de Janeiro, o “Samba de Rua”, numa grande celebração às tradicionais rodas de samba, em que homenageia os grandes sambistas e mostra alguns sambas clássicos das rodas, seus sucessos, além de músicas inéditas em primeira mão, num verdadeiro “laboratório do samba” previsto para acontecer mensalmente.

    Após chamar a atenção de Chico Buarque, que lhe deu uma canção inédita (“Sou eu”), gravou um DVD de clássicos do samba numa viagem a Cuba, promoveu encontros de gerações em seu programa da TV Brasil (“Samba na Gamboa”), conquistou dois Grammys, emplacou quatro sambas-enredo na Portela, sempre consagrados com notas dez dos jurados, agora chega ao final de sua primeira década de carreira com o álbum “Munduê”.

    Pela primeira vez, Diogo Nogueira assina todas as faixas do álbum. Ao longo de 14 composições, ele apresenta parcerias com nomes da nova geração e dedica o trabalho a mestres do gênero, como Noel Rosa, Zeca Pagodinho, Cartola, Candeia, Monarco, Paulinho da Viola, Jorge Aragão e Nelson Cavaquinho, entre outros. Já Martinho da Vila, também saudado, e que terá uma homenagem especial durante o show, escreveu a elogiosa sinopse. “Este é o quinto disco de estúdio, mas, na essência, é o seu primeiro de puro samba. (…) Eu, cá na Vila, bato palmas e digo: vá em frente, menino. Agora, se alguém perguntar quem é o Diogo, não preciso responder que é o filho do João Nogueira. Afirmo com segurança: É um belo cantor,  com personalidade própria. Um artista verdadeiro. Um elo na corrente da perpetuação do samba”.

    O álbum “Munduê” foi produzido por Rafael dos Anjos com Alessandro Cardozo e é um trabalho que representa a salutar tomada de posição de Diogo em favor do bom samba de raiz, com interessante número de arranjos com ênfase na percussão e com mensagens na linha positiva, que quer também melhorar o País e o mundo com seu som, incluindo mensagens para energizar nosso espírito em tempos tão tenebrosos. E o show segue a mesma proposta.

    No repertório, destaque para o samba com pé no chão, com muito batuque, foco na ancestralidade, através de músicas inéditas de sua autoria deste seu último álbum e também composições que fizeram sucesso e marcaram a sua carreira. Além da música que dá título ao disco, “Munduê” (Diogo/Bruno Barreto/Hamilton de Holanda), “Coragem” (Diogo/Fred Camacho/Leandro Fab), que ganhou clipe recentemente, “Tempos Difíceis”, de Diogo e Leandro Fregonesi, e “Império e Portela” (parceria dele com Dona Ivone Lara/Bruno Castro/Ciraninho), outras canções do CD dão o recado de positividade e esperança em tempos melhores, assim como “O Homem Também Chora (Menino Guerreiro)”, de Gonzaguinha, e “Apesar de Você”, de Chico Buarque. O nordeste, que sempre marcou presença nos shows de Diogo, neto de nordestinos, tem seu momento de destaque na inédita “Mercado Popular” (Diogo e Fregonesi).

    A banda que o acompanha é formada por João Marcos (baixo e direção musical), Henrique Garcia (cavaquinho), Wallace Pres (violão), Jefferson Rios (bacteria), Maninho (percussão), Bruno Barreto (percussão e coro), Wilsinho (percussão) e Fabiano Segalote (trombone).

     

    Informações:

    ShowDiogo Nogueira em “Munduê”

    Local: Palácio das Artes ( Av. Afonso Pena, 1.537 – Centro –Tel: 3236-7400)

    Data: 30 de novembro, sexta

    Horário: 21h

    Preço: Plateia I: R$ 200,00 (Inteira) e  R$ 100,00 (meia); Plateia II: R$ 160,00 (inteira) e R$ 80,00 (meia) e Plateia III: R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia)

    Duração: 110 min

    Classificação: 16 anos



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