A Taesa, empresa transmissora do Grupo Cemig, inaugurou, neste sábado (11/9), o maior projeto greenfield já realizado pela empresa, no Norte de Minas Gerais, denominada Linha de Transmissão Janaúba. Com investimentos da ordem de R$ 950 milhões, o empreendimento foi entregue com pouco mais de cinco meses de antecipação ao prazo limite exigido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e será importante para aumentar a capacidade de transmissão da interligação Nordeste-Sudeste neste momento de escassez hídrica.
Localizado entre os estados de Minas Gerais e Bahia, a LT Janaúba possui 542 km de extensão, compreendendo as linhas de transmissão LT 500 kV Bom Jesus da Lapa II – Janaúba 3 (304 km de Circuito Simples) e LT 500 kV Janaúba 3 – Pirapora 2 (238 km de Circuito Simples) e três subestações de 500 kV (Bom Jesus da Lapa II, Janaúba 3 e Pirapora 2). O empreendimento tem capacidade para transportar 1.600 megawatts (MW) de potência, energia suficiente para atender ao consumo de cinco milhões de pessoas.
O presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, destaca que a Linha de Transmissão Janaúba não podia chegar em melhor hora, pois vai dar ainda mais confiabilidade ao sistema elétrico de Minas Gerais e terá muita importância para o setor elétrico brasileiro.
“Minas Gerais terá um sistema elétrico ainda mais robusto, o que vai dar mais capacidade de crescimento econômico ao estado e também criar mais investimentos em geração solar na região Norte. Além disso, o projeto aumenta a capacidade de transmissão da interligação Nordeste-Sudeste do Brasil, neste momento delicado pelo qual todos estamos passando, e atende a necessidade de dimensionamento do Sistema Interligado Nacional. Dessa forma, a nova Linha de Transmissão vai escoar a carga de energia do Nordeste para trazê-la ao submercado Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do País”, explica Reynaldo Passanezi Filho.
Além do presidente da Cemig, a inauguração da nova LT também contou com as presenças do Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e do CEO da Taesa, André Moreira, entre outras autoridades ligadas ao setor elétrico nacional e lideranças regionais.
O empreendimento em números
Com investimentos da ordem de R$ 950 milhões, durante a construção, a obra empregou diretamente uma média de 881 pessoas por mês. Foram utilizados mais de 30.000m3 de concreto, mais de 12.000 toneladas de estrutura, mais de 12.500 toneladas de cabos condutores, além de terem sido realizadas 26 travessias em todo o seu trajeto.
A Taesa tem ainda um portfólio de outros cinco projetos para serem entregues, que totalizam 2,2 bilhões de reais de investimentos Aneel e cerca de 400 milhões de reais de RAP (considerando apenas a participação Taesa no ciclo 2021-2022).
Investimentos da Cemig em Minas Gerais
Atualmente, a Cemig executa o maior plano de investimento da história da companhia. Até 2025, serão investidos R$ 22,5 bilhões em geração, transmissão e distribuição de energia, geração distribuída e comercialização de gás. Apenas no sistema elétrico de distribuição, que atende mais de 8,7 milhões de clientes, serão R$ 12,5 bilhões em investimentos, com foco na modernização da rede, de forma a induzir o desenvolvimento econômico de Minas Gerais.
O impacto na qualidade do fornecimento de energia aos clientes já pode ser sentido com a melhoria contínua do DECi, índice que mede a duração equivalente por consumidor das interrupções de energia na rede da distribuidora. No período de julho do ano passado a junho deste ano, o índice foi de 9,46 horas, abaixo do registrado em 2020, de 9,57 horas, o menor da história da Cemig.
Sobre a Taesa
A Cemig é acionista com 21,68% de participação na Taesa , que é um dos maiores grupos privados de transmissão de energia elétrica do Brasil em termos de Receita Anual Permitida (RAP). Essa companhia é exclusivamente dedicada à construção, operação e manutenção de ativos de transmissão, com 11.682 km de linhas em operação e 1.976 km de linhas em construção, totalizando 13.658 km de extensão e 97 subestações.
A Taesa possui ativos em operação com nível de tensão entre 230 e 525kV, presença em todas as cinco Regiões do país (18 Estados e o Distrito Federal) e um Centro de Operação e Controle localizado em Brasília.