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Especialista alerta para aumento no número de doenças respiratórias em crianças com a chegada do inverno

    Foto: Divulgação

    As baixas temperaturas do outono sinalizam um inverno mais rigoroso para os belo-horizontinos. A estação mais fria do ano começa no próximo dia 21 de junho e já deixa em alerta a população para as doenças de inverno, principalmente em crianças. “Por terem um sistema imunológico ainda em desenvolvimento, os pequenos são mais sensíveis às doenças típicas da estação, como gripes, resfriados e alergias respiratórias”, explica o pediatra Rodrigo Goulart, coordenador do Serviço de Pediatria de uma clinica na Capital.

    Goulart explica que é no inverno, com o tempo mais seco e baixas temperaturas, que as bactérias e os vírus se multiplicam com mais rapidez. A relação entre baixa umidade, tempo frio e aumento da poluição, associados a ambientes fechados, mal ventilados e mal iluminados, contribuem para o surgimento de inúmeras doenças respiratórias.


    O pediatra ressalta que as crianças com menos de dois anos de idade, especialmente aquelas que já frequentam escolas, creches e berçários, costumam ter em média oito quadros de IVAS (infecções de vias aéreas superiores) por ano, ou seja, um caso a cada um ou dois meses. Além da gripe e resfriados, outras patologias como rinite alérgica, sinusite, asma brônquica, otites, laringite, amigdalite, bronquiolite e pneumonias são mais comuns quando as temperaturas começam a cair.

    De acordo com o Goulart, a vacina contra o vírus que provoca a gripe influenza (H1n1), é segura e é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe. Estudos da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias, de 39% a 75% a mortalidade global e em, aproximadamente, 50% nas doenças relacionadas à influenza.

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    O Ministério da saúde começou a campanha de vacinação contra a gripe em 23 de abril. O prazo para o término seria até dia 1 de junho. No entanto, o prazo foi estendido até dia 15 de junho, devido à greve dos caminhoneiros e os possíveis impactos no setor da saúde. Até agora, já foram vacinados 35,6 milhões de pessoas, o que equivale a 66% do público-alvo.

    Com a prorrogação da campanha, o Ministério da Saúde pretende atingir a meta e vacinar mais 18,8 milhões de brasileiros que ainda não receberam a dose do imunizante. Na avaliação por estados, os que mais se aproximaram da meta estabelecida foram Goiás (99,8%), Amapá (91%), Ceará (84%), Distrito Federal (78,5%), Espírito Santo (77,4%) e Minas Gerais (73,5%). Os estados com menor cobertura foram Roraima (32,5%), Rio de Janeiro (47,6%), Rondônia (51,3%), Amazonas (51,9%) e Acre (52%).

    A cobertura em Minas Gerais, ainda abaixo da média esperada (90%) é mais preocupante em crianças. Os pequenos entre seis meses e quatro anos são os que menos aderiram à campanha até o momento com cobertura vacinal de 47,4%. As doenças respiratórias de inverno podem ser evitadas e/ou amenizadas.

    Além da vacina, que visa imunizar contra o vírus Influenza H1N1, causador da gripe, o pediatra ensina outras formas de prevenir as doenças de inverno em crianças:

    – Cuidados básicos como lavar as mãos, principalmente após espirrar, tocar os olhos, nariz e boca;

    – Não ficar perto de pessoas gripadas ou resfriadas;

    – Nesta época de tempo frio e seco, é recomendável ter um umidificador no quarto das crianças;

    – Lavar constantemente as narinas irritadas com soro fisiológico também é uma medida eficaz na prevenção de doenças respiratórias;

    – Antes de utilizar casacos, roupas de lã e cobertores guardados nos armários, lave-os e deixe-os secar ao sol;

    – Manter a casa limpa e arejada;

    – Evitar fumar perto das crianças;

    – Criar um cardápio saudável e equilibrado;

    – Exposição ao sol, pois a vitamina D aumenta a imunidade das crianças.

     

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