O clima frio e seco que chegou —e ficou— em Belo Horizonte tem afetado a saúde dos moradores da capital. As baixas temperaturas somadas aos mais de 25 dias sem chover na cidade, preocupa principalmente quem tem crianças. É nessa época que elas ficam mais suscetíveis a doenças respiratórias, como viroses. Nem sempre é possível evitar as doenças, mas algumas medidas preventivas já diminuem bastante o risco. Esse alerta é do médico Felipe Lima Magalhães, da operadora de Vitallis.
“A inalação constante do ar gelado e seco irrita as mucosas das vias aéreas, e essa inflamação local facilita a entrada de vírus e bactérias”, explica o especialista. Por isso, é necessária uma atenção especial com os pequenos nessa época do ano. Para as crianças que tem um quadro alérgico de base, como asma e rinite alérgica, esse efeito é ainda mais sentido, e as crises aumentam de frequência.
A saída é resguardá-los dos fatores de risco. “Orientá-los a lavar frequentemente as mãozinhas diminui as chances de contaminação. Também é importante não compartilhar objetos de uso pessoal, por isso sempre mande, de casa, talheres, toalhas e outros objetos desse tipo.
Por fim, manter alguma ventilação natural nos ambientes que tendem a ficar mais fechados no inverno”, aconselha Magalhães. Outros hábitos positivos ajudam a reforçar as defesas do corpo. “Estimule seu filho a ingerir bastante líquido, manter uma dieta balanceada com a ingestão de muitas frutas e verduras e usar umidificador no quarto à noite”, recomenda.
Vacinas
O médico também observa que a carteirinha de vacinação deve estar em dia. Segundo ele, o sistema imunológico das crianças ainda está aprendendo a lidar com os vírus e bactérias, e muitas vacinas ajudam o sistema imunológico, evitando a própria infecção ou algumas possíveis complicações. combatem justamente os organismos que causam essas doenças respiratórias.
“As vacinas não apenas protegem contra microrganismos específicos. É como se elas treinassem o corpo para que ele esteja mais preparado quando a ameaça surgir”, explica.
O especialista alerta ainda para que os pais fiquem atentos aos sinais e, caso percebam algum sintoma, procurem a orientação de um médico. “Ele é quem poderá indicar o melhor tratamento. Se o problema for um vírus, por exemplo, de nada adiantará tomar um antibiótico”, enfatiza. Além disso, o acompanhamento regular com o pediatra e com o médico de família e comunidade também é fundamental para manter os pequenos saudáveis.