Um texto do século XVII, adaptado de uma tragédia grega, a respeito de um tema incrivelmente atual – o empoderamento feminino. Assim é a história de Fedra, versão clássica do dramaturgo francês Jean Racine (1639-1699) para a tragédia grega de Eurípides, que ganhou montagem do Club Noir, sob a direção de Roberto Alvim. A discussão sobre a sexualidade feminina e sua dissonância em relação aos papéis sociais de mãe, esposa e cidadã, são o enredo central do espetáculo, que estreia na capital mineira dia 26 de abril, seguindo temporada até 20 de maio, sempre de sexta a segunda, no Teatro I, do CCBB Belo Horizonte.
O mito da insurreição feminina contra o poder e as regras sociais é o eixo principal da tragédia. Na trama, Fedra (interpretada por Juliana Galdino, vencedora do Prêmio Shell de melhor atriz por “Medéia”) é casada com o rei Teseu. Ela se apaixona por Hipólito, filho de seu marido. Quando Teseu é declarado morto na guerra, Fedra cria coragem e assume seu amor por seu enteado. Mas Teseu retorna e, ao descobrir a paixão incestuosa de sua esposa por seu filho, precipita uma série de eventos que conduzem o reino à catástrofe.
Fedra é a tragédia que brota de nosso medo mais terrível: o de nos apaixonarmos por aquilo que a sociedade, com suas leis e regras, não nos permite. Para o diretor Roberto Alvim, a peça expõe a coragem de uma mulher situada no centro do poder. “Essa insurreição atravessa seu papel de cidadã, no governo, como mãe e esposa. Tudo é atingido”.
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O texto de Racine, escrito na França em 1677, imortalizou-se na História do Teatro, tendo sido encenado por alguns dos maiores diretores contemporâneos. A grande montagem brasileira foi realizada por Augusto Boal e protagonizada por Fernanda Montenegro em 1986.
Sobre a Cia. Club Noir
A companhia Club Noir foi criada em 2006 pelo diretor e dramaturgo Roberto Alvim e pela atriz e diretora Juliana Galdino. Em 13 anos de existência, a Cia. já apresentou mais de 50 espetáculos, sendo vários deles premiados como “O Quarto”, que recebeu o prêmio Bravo de melhor espetáculo em 2008; “Peep Classic Ésquilo”, vencedor do prêmio APCA de 2012; “Tríptico Samuel Beckett”, vencedor do prêmio de melhor atriz para Nathalia Timberg no prêmio Faz Diferença, do jornal O Globo. Com “Leite Derramado” (2016), a Club Noir recebeu indicação ao Prêmio APCA de Melhor Atriz – Juliana Galdino; três indicações ao Prêmio Shell: Melhor Atriz – Juliana Galdino, Melhor Direção – Roberto Alvim e Melhor Iluminação – Domingos Quintiliano.
Roberto Alvim é dramaturgo e diretor há quase 30 anos e realizou mais de 120 obras teatrais, encenadas no Brasil e em países como França, Alemanha, Bélgica, Suíça, Argentina e México. Já recebeu todos os principais prêmios do Brasil: Prêmio Bravo, APCA, Aplauso Brasil e Governador do Estado de São Paulo.
Atriz e diretora, Juliana Galdino ministrou aulas na Escola de Comunicação e Artes da USP (ECA-USP), e foi membro do CPT de Antunes Filho entre 1999e 2006. Em 2002, recebeu o Prêmio Shell de melhor atriz por “Medeia”, e foi novamente indicada por “Comunicação a uma Academia” (2009).
FICHA TÉCNICA DO ESPETÁCULO “FEDRA”
Texto Original: Jean Racine
Tradução, Adaptação e Direção: Roberto Alvim
Elenco: Juliana Galdino, Caio D’Aguilar, Luis Fernando Pasquarelli, Christian Malheiros, Nathalia Manocchio, Luiz Otávio Vizzon e Victoria Reis
Cenografia e Iluminação: Roberto Alvim
Trilha Sonora e Composição Musical: LP Daniel
Figurinos: Anne Cerutti
Pesquisa musical:Roberto Alvim e L P Daniel
Captação de Piano: Priscila Camargo e LP Daniel
Cenotécnico: Fernando Bretas
Designer: Luciano Angelotti
Fotos e vídeo: Edson Kumasaka
Direção de produção: Dani Angelotti
Realização: Club Noir e Cubo Produções
Informações
Local: Centro Cultural Banco do Brasil – TEATRO I
(Praça da Liberdade, 450 – Telefone: 31 3431-9400)
PERÍODO: 26 de abril a 20 de maio (sexta a segunda)
HORÁRIO = 20h
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 16 anos
Ingresso: R$ 30 (inteira)
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