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Executivos da área de consumo se mostram otimistas e abertos a mudanças

    O ano de 2020 foi marcado por revoluções de diversos tipos, mas foram mais facilmente percebidas dentro do universo do consumo, já que a pandemia alterou de forma irreversível hábitos de compras e o dia a dia de quem comercializa produtos e serviços. Depois de todos os impactos vividos pelo setor, a 24ª edição da Pesquisa Global com CEOs da PwC (24th Annual Global CEO Survey) mostra que a indústria do consumo prevê, em nível global, a recuperação ao longo dos próximos 12 meses.

    Foto: Pixabay

    De acordo com a pesquisa, 69% dos líderes de empresas que integram o setor acreditam em um panorama econômico melhor nos próximos 12 meses, com a pandemia ficando cada vez mais para trás, enquanto 18% acham que o cenário mais provável no período será o de desaceleração. Já para 12% não haverá avanço e nem retrocesso, com a estagnação econômica dando o tom. Mais da metade – 55% – dos CEOs entrevistados também apostam na melhoria da rentabilidade nos próximos 12 meses, ao passo que 33% afirmaram ter confiança no crescimento de suas empresas. Considerando um prazo de três anos, os CEOs se mostram mais otimistas, e 45% acreditam que suas empresas crescerão dentro deste período.

    Apesar de apostarem em dias melhores após um ano de desafios e adequações, os líderes do setor também trabalham com temores e traumas: prova de que as dificuldades recentemente enfrentadas deixaram marcas. Cerca de 60% dos CEOs entrevistados declararam que, atualmente, as principais ameaças às empresas são a pandemia e outras crises sanitárias. Dentre os riscos enumerados em seguida, destacam-se excesso de regulação (39%), incerteza em relação a políticas (38%), crescimento econômico incerto (37%), ameaças cibernéticas (36%) e aumento das obrigações tributárias (35%).

    De acordo com a pesquisa, 37% dos CEOs ligados ao setor afirmaram que passarão a trabalhar com maior foco na produtividade por meio da automação e da tecnologia, enquanto 34% vão apostar em mudanças na cultura e nos comportamentos no ambiente de trabalho. Outros 32% pretendem trabalhar com mais foco nas competências e na adaptabilidade dos profissionais. Na contramão dos líderes mundiais, porém (até pelo fato de o setor de Consumo ter sido um dos mais impactados com os isolamentos), apenas 13% dos CEOs da área (contra 25% da média global) afirmam que tentarão melhorar a competitividade do negócio por meio de salários, incentivos e benefícios oferecidos aos profissionais da empresa.

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