*Por David Braga
Saber ouvir é uma das habilidades mais valorizadas nos ambientes corporativos. A escuta atenta e apurada pode ser um trampolim para o sucesso profissional no universo das organizações altamente impactadas pelos avanços da tecnologia e domínio da inovação. Essa simples atitude tem o poder de potencializar a construção de ambientes colaborativos nas empresas, assegurando maior clareza no fluxo de informações e experiências compartilhadas, fomentando a produtividade e o engajamento da equipe com o propósito do negócio.
O sábio Rubem Alves já anunciava a urgência da aptidão de uma escuta ativa para garantir a fluidez da comunicação em todas as instâncias das relações interpessoais: “Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória”. O americano Rhett Power, especialista em empreendedorismo, acredita que os líderes bons ouvintes contam com funcionários mais motivados e comprometidos. Power afirma que o distanciamento dos gestores, configurado pela ausência da empatia na escuta, é uma das causas de insatisfação dos colaboradores no trabalho. Sugestões são sempre bem-vindas para alavancar o negócio, mas os funcionários devem se sentir confortáveis e estimulados a contribuir.
“Debates sobre pontos de vista ou troca de ideias em grupo podem levar à transformação, seja dos processos e do modus operandi, seja do comportamento dos colaboradores ou do próprio business”, afirma o CEO, board advisor e headhunter da Prime Talent, David Braga. “Se falamos tanto em inovação dentro das organizações, é vital tratarmos a discussão de ideias como uma conduta que precisa ser cada vez mais explorada e incentivada no ambiente corporativo”, acrescenta, reforçando que o conceito de inovar não se aplica exclusivamente a adotar novas tecnologias, mas a aumentar a eficiência diária nas entregas e a diminuir os custos.
Diante da reprodução do acrônimo “VUCA” no mundo corporativo, contextualizado pela inovação e fortalecido pela imposição dos conceitos da volatilidade (volatility), incerteza (uncertainty), complexidade (complexity) e ambiguidade (ambiguity), David Braga ressalta a constância na implementação de mudanças como solução vital para garantir o equilíbrio nos posicionamentos e atitudes do profissional no mercado de trabalho contemporâneo. “A maneira como você se posiciona diz muito sobre quem você é, portanto, é fundamental dosar críticas e observações mais assertivas, procurando falar menos e fazer mais, uma vez que ações engajam mais pessoas do que falas”, esclarece.
Nesse contexto, a sabedoria move a atitude de quem possui a habilidade de ir além das críticas que apontam erros, propondo soluções estratégicas e eficazes para alavancar o crescimento da empresa, fundamentadas em um posicionamento adequado. “A mudança de chave está na ação que promove a sinergia, motivando a discussão de projetos, a troca de ideias e experiências, além da definição de metas e objetivos corporativos”, revela David Braga. “Tenha em mente que a atitude é uma das competências mais valorizadas pelas empresas e, com essa postura, construímos nossa credibilidade e nossa imagem profissional”, conclui.
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David Braga é CEO, board advisor e headhunter da Prime Talent, empresa de busca e seleção de executivos, presente em 30 países pela Agilium Group; é conselheiro de Administração e professor convidado pela Fundação Dom Cabral; além de conselheiro da ABRH MG, ACMinas e ChildFund Brasil. Instagrams: @davidbraga | @prime.talent