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Incontinência urinária: o desconforto que atinge homens e mulheres de todas as idades tem tratamento minimamente invasivo

    A perda urinária pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum à medida que envelhecemos, após os 65, 70 anos. Em mulheres, o problema é mais comum, mas homens também podem apresentar a conhecida incontinência urinária. Para levar à população informações sobre a perda de urina no dia a dia, foi criado o Dia Nacional da Incontinência Urinária, lembrado em 14 de março.

    Sempre atenta a questões que afetam a saúde e o bem-estar das pessoas, a Rede Mater Dei de Saúde criou, há 37 anos, um serviço específico que cuida de todas as disfunções do assoalho pélvico, inclusive a perda urinária. “Temos uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, proctologistas, urologistas, ginecologistas e obstetras, que permite um olhar mais abrangente do problema.  Uma equipe muito integrada e entrosada, que se reúne regularmente na discussão dos casos para melhorar a qualidade de vida e a restrição causada por problemas como a perda urinária”, explica a médica ginecologista especialista em Medicina do Assoalho Pélvico e Uroginecologia da Rede Mater Dei, Rachel Silviano Brandão Correa Lima.

    De acordo com a médica, a incontinência urinária, na grande maioria das vezes, não acarreta risco de morte ou sequelas graves. “Trata-se de um sintoma que impacta muito na qualidade de vida dos que sofrem com ela. A boa notícia é que inúmeras pessoas nunca terão perda urinária como um sintoma do dia a dia. Por esse motivo, é sempre adequado procurar ajuda de profissionais da área – ginecologista ou urologista – para orientação, caso a pessoa esteja registrando escapes incomuns de urina na sua rotina”, aponta.

    Causas mais comuns – Nas mulheres, duas são as causas mais comuns para o surgimento da incontinência urinária: a perda no esforço e a dificuldade de segurar a urina. “A primeira é uma causa anatômica por uma fragilidade de ligamentos que, juntamente com os músculos do assoalho pélvico, tem como função evitar a perda de urina no momento do esforço, chamada incontinência urinária de esforço (IUE). A segunda é uma causa funcional: a bexiga “manda” no indivíduo, ou seja, a bexiga contrai involuntariamente mediante a estímulos visuais: ver o banheiro ou o vaso; estar chegando em casa e colocar a chave na porta; ou ainda entrar na garagem ou no elevador. Ou a bexiga é acionada a estímulos auditivos e táteis: o barulho da água corrente ou de chuva; ou o simples ato de lavar as mãos”, enumera.

    Segundo Rachel, quando há essa contração involuntária, a paciente sente que não vai conseguir segurar a urina e neste momento pode perder ou não urina – caso chamado de bexiga hiperativa. Diferentemente do que muitos pensam,  “bexiga caída” não é sinônimo de incontinência urinária. “Há mulheres que têm prolapso da parede anterior da vagina (bexiga caída) sem perda urinária; e o inverso também ocorre: há as que não apresentam nenhuma alteração anatômica no assoalho pélvico, mas deixam escapar o xixi, sem querer”, conta a médica.

    Conforme esclarece a ginecologista, a gênese da incontinência urinária está muito mais ligada à dinâmica do assoalho pélvico e sua inervação do que propriamente um problema na própria bexiga ou no sistema renal. “Em alguns poucos casos, cálculos urinários podem causar a bexiga hiperativa ou ainda obstrução na uretra, como ocorre na hipertrofia prostática em homens, ou após cirurgias vaginais em mulheres”, explica Rachel.

    Tratamentos – Existem vários tipos de tratamento para incontinência urinária, e um deles é a fisioterapia. “Atualmente, temos fisioterapeutas especializados na saúde da mulher que são grandes parceiros no manejo da incontinência urinária. A fisioterapia permite que o paciente tenha mais consciência corporal e entre 60% a 90% dos casos tenha a resolução do problema”, acrescenta a ginecologista.

    Quando a fisioterapia não gera melhorias ou a cura, a outra opção de tratamento é a cirurgia para os casos de IUE. “Esse procedimento passou por um grande avanço e se tornou minimamente invasivo, com excelente e rápida recuperação sem muitos riscos, com eficácia em mais de 90% dos casos”, enfatiza. Na bexiga hiperativa, as opções são a fisioterapia associada ou não a medicamentos. “Outra opção é usar injeção de toxina botulínica e a neuromodulação sacral, dois procedimentos minimamente invasivos que usamos em pacientes refratários (que não responderam à fisioterapia nem à medicação)”, complementa a médica.

    Sobre a Rede Mater Dei de Saúde 

    Somos uma rede de saúde completa, com 43 anos de vida, tendo o paciente no centro de tudo e ancorada em três princípios: inteligência e humanização como pilares do atendimento; tecnologia como apoio da excelência; e solidez das governanças clínica e corporativa. Nossos serviços médico-hospitalares estão disponíveis para toda a família, em todas as fases da vida, com qualidade assistencial e profissionais altamente capacitados e especializados. Estamos em expansão, levando para mais pessoas o Jeito Mater Dei de Cuidar e de Acolher. Nossa premissa é valorizar a vida dos nossos pacientes em cada atendimento, disponibilizando o melhor que a medicina pode oferecer.

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