Ter um tratamento individualizado, quando o assunto é medicina reprodutiva, é fundamental para melhorar as chances de sucesso nos procedimentos, cujo objetivo é a gravidez segura e saudável. Individualizar o tratamento significa adequá-lo às características do casal ou de uma pessoa, personalizando-o.
Segundo o especialista em reprodução humana e diretor da clínica Origen BH, Marcos Sampaio, para desenvolver um plano de tratamento personalizado, o médico considera alguns fatores, como por exemplo, o histórico de tentativas de engravidar; a idade da mulher e a urgência em conceber; o histórico clínico de cada parceiro; exames de fertilidade que já podem ter sido feitos, bem como outros procedimentos para engravidar realizados.
Na individualização do tratamento é feita uma investigação da infertilidade, iniciada com a anamnese, quando o casal é o acolhido, a partir da escuta de suas necessidades e expectativas, sintomas físicos e emocionais. “Nesse primeiro contato, são avaliados vários critérios como tentativas para engravidar, idade, urgência etc. Posteriormente, é realizado o exame físico, para avaliação da saúde geral e possível detecção de sintomas manifestados por algumas doenças, apesar de a infertilidade geralmente ser assintomática, principalmente nos estágios iniciais, indicada, principalmente, pelas tentativas frustradas em engravidar”, explica.
Segundo o médico, a questão da idade dos pacientes é um fator importante na reprodução assistida, inclusive para a definição da técnica mais adequada para cada pessoa. A partir do momento em que o casal ou uma pessoa decidem pela reprodução assistida para gerar o bebê, o médico passa a monitorar a paciente individualmente, fazendo o acompanhamento do crescimento dos folículos e dos níveis hormonais durante o estímulo ovariano, já que pequenas mudanças, feitas ao longo do processo e de acordo com a necessidade de cada um, podem influenciar nas chances da gravidez.
Em meio a este cenário, o histórico clínico de cada paciente é fundamental. “Neste momento, coletamos informações sobre doenças infantis ou atuais e de cirurgias, assim como o uso de medicamentos, o comportamento sexual, com informações, inclusive, de incidência de infecções sexualmente transmissíveis (IST) e, o estilo de vida, considerando hábitos como uso excessivo de álcool ou drogas recreativas, tabagismo, alimentação e prática de exercícios físicos. Tudo isso é avaliado”, acrescenta o especialista em reprodução assistida.
Marcos Sampaio diz ainda que “no processo da individualização é importante que os protocolos de estimulação sejam personalizados para atender às necessidades individuais de cada paciente, afinal, mulheres com mesmo peso e idade vão necessitar de dosagens de hormônios diferentes, pois cada uma delas é única, com organismos totalmente diferentes”, explica. Em seguida, são realizados diferentes exames laboratoriais e de imagem, para avaliar a fertilidade feminina e masculina e determinar a causa que motivou a dificuldade para conceber. Os primeiros exames solicitados são a avaliação da reserva ovariana e o espermograma. O teste de avaliação da reserva ovariana determina a quantidade de folículos (bolsas que contém os óvulos primários) presentes nos ovários. Enquanto o espermograma avalia a qualidade dos espermatozoides, apontando critérios como concentração, morfologia (forma) e motilidade (movimento), dos que estão presentes nas amostras de sêmen analisadas.
“Os resultados possibilitam a definição dos exames complementares, que deverão ser indicados para cada caso. Os exames de imagem mais frequentemente realizados são a ultrassonografia pélvica transvaginal e a histerossalpingografia, particularmente importante para avaliar obstruções tubárias, entre outros, de acordo com cada caso”, explica Marcos Sampaio. Ele acrescenta que é a soma das informações da anamnese, exame físico e resultados diagnósticos, que possibilitará a definição do plano de tratamento mais adequado para cada paciente, individualizando-o e aumentando, assim, as chances de ele ser bem-sucedido.
Sobre a Origen
Fundada há mais de 20 anos pelos médicos Marcos Sampaio e Selmo Geber, a Clínica Origen de Medicina Reprodutiva nasceu com o objetivo de centralizar a atenção médica, a disponibilidade da tecnologia e o acolhimento humano no bem-estar e respeito a seus pacientes, auxiliando-os na realização do sonho da maternidade e paternidade.