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Jojo Rabbit

    No final da segunda guerra mundial um menino chamado Jojo, que sonha em ser um soldado nazista e tem como amigo imaginário o próprio Hitler, descobre que uma judia está escondida na sua casa.

    Taika Waititi, que já dirigiu, Thor Ragnarok , O que fazemos nas sombras, entrega dessa vez um filme muito engraçado e gostoso de assistir, ele pega um tema extremamente sério, tenso e polêmico que é o nazismo e faz uma sátira bem humorada.

    Jojo Rabbit está concorrendo a Oscars em várias categorias, além da de melhor filme.

    O longa é a adaptação do livro, Caging Skies, e parece ser um tema que o diretor está mais familiarizado por ser descendente de judeu e ter um avô que lutou na guerra. Várias vezes eu me peguei rindo muito desse filme, tanto das piadas, da comedia física, da sátira e da ridicularização ao nazismo, da inocência dos personagens, dos esteriótipos, ou até dos exageros. Mas mesmo assim, o filme sabe transitar bem entre comédia e drama.

    A trilha sonora é empolgante e são utilizadas músicas com letras que combinam com o que a historia está mostrando. E algumas vezes eles mudam as letras de músicas já consagradas como a dos Beatles para encaixar na história, e além de deixar a experiência mais imersiva fica divertido também.

    As atuações de Roman Griffin Davis e Scarlett Johansson, que está concorrendo ao Oscar de atriz coadjuvante por essa interpretação, estão boas. O Roman interpreta um garoto inocente que sonha em se juntar a juventude Hitlerista, e Scarlett uma mãe amorosa que tenta mostrar para seu filho que a vida vai além de politica e guerra. E um destaque para Sam Rockwell, que faz um dos responsáveis pelo treinamento nos jovens nazistas, o timing dele para comédia também é interessante.

    Várias vezes me senti assistindo um filme do Wes Anderson, algumas cenas tem uma fotografia mais simétrica e a estética são parecidas aos filmes do Anderson. E até em algumas parte lembra o Moonrise Kingdom. Vi algumas pessoas comentando isso de forma negativa mas eu achei uma homenagem muito boa, Wes Anderson é um diretor peculiarmente bom.

    Apesar de ser um feel-good movie, o longa deixa algumas mensagens interessantes sobre liberdade de ideologias extremistas, aceitar as diferenças. Parece algo que é bem clichê, mas eu acho que é algo que ainda precisa ser muito falado. Sem falar que a crítica aos ideias da extrema direita é um tema bem atual e não só nos Estados Unidos.

    Jojo Rabbit é uma experiência divertida e um ótimo feel-good movie para assistir depois de um dia estressante de trabalho.

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