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Lançamentos de imóveis avançam em Belo Horizonte e Nova Lima

    Os lançamentos de imóveis cresceram pelo segundo mês consecutivo em Belo Horizonte e Nova Lima. Só em agosto deste ano, foram lançadas 490 unidades, uma alta de 3,16% em relação a julho (475 lançamentos), superando também o volume de vendas (385 unidades). Os dados fazem parte do Censo do Mercado Imobiliário de Belo Horizonte e Nova Lima, divulgado ontem pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).

    As vendas ficaram praticamente estáveis em relação ao mês anterior (387 unidades). Apesar disso, o resultado é ainda o segundo melhor patamar para um mês de agosto desde o início da série histórica, em 2016, ficando atrás somente de agosto do ano passado, quando foram vendidas 537 unidades.

    O maior volume de vendas foi registrado na região Centro-Sul (70 unidades), seguida pela região Norte (68) e Pampulha (62). A Centro-Sul também foi a campeã do mês de agosto no número de lançamentos (190) e é justamente nessa região que se concentra a maior oferta de apartamentos para venda: 27% (880).

    Dos 385 apartamentos vendidos em agosto, 136 (35,3%) foram do padrão econômico, com valores de até R$ 215 mil, e 112 (29,1%) corresponderam ao padrão standard, que custam até R$ 400 mil. O padrão econômico também concentrou 49% das unidades de lançamento (240), seguido pelos imóveis de padrão alto com 37,3% (183).

    Apesar dos resultados positivos, o estoque de unidades novas disponíveis para comercialização continua baixo: 3.254 unidades. Do total, apenas 9,56% (311 unidades) estão prontas. As demais estão na planta (42,35%) ou em construção (48,09%). Na avaliação do presidente do Sinduscon-MG, Renato Michel, o melhor desempenho do mercado imobiliário também é refletido na geração de novos postos de trabalho com carteira assinada. “Nos últimos 12 meses, encerrados em setembro/21, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor cresceu 11,71% no país, 13,50% em Minas Gerais e 15,41% em Belo Horizonte. Ou seja, a Construção segue contribuindo para dinamizar as atividades econômicas.”

    Em contrapartida, a sequência de elevação dos juros preocupa o setor e pode afetar, inclusive, a criação de novos postos de trabalho no setor. “Nossa maior preocupação é com os efeitos macroeconômicos que o aumento da taxa de juros pode gerar”, avalia o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. “O financiamento imobiliário também pode vir a ficar mais caro. Por isso, estamos diante de um bom momento para a compra da casa própria”, complementa Michel.

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