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Maior caverna do Brasil e da América do Sul, a Toca da Boa Vista é tema de debate entre pesquisadores

    No dia 26 de outubro, às 19h, o Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas (GBPE), um dos principais grupos que se dedicam à espeleologia no Brasil, fundado em 1983, colocará no centro dos debates mais de 30 anos de trabalhos relacionados à Toca da Boa Vista, maior caverna do Brasil e da América do Sul, em live no seu canal no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCIJ5EZuHvAiuogT-FbQ-0Nw.

    O geólogo Augusto Auler (PhD – University of Bristol, UK), uma das referências nacionais e internacionais no tema carste e diretor técnico da Carste Ciência e Meio Ambiente, consultoria ambiental especializada no tema, será um dos debatedores.

    “A Toca da Boa Vista, além de ser a mais extensa caverna do Brasil e da América do Sul, é também a mais importante do ponto de vista científico. Neste debate, abordaremos os desafios e aventuras relacionados à exploração e mapeamento dos 114 km de passagens subterrâneas conhecidas até o momento. Também serão abordados as dezenas de trabalhos científicos  – publicados nas melhores revistas do mundo – que ajudaram a revelar um nordeste muito mais chuvoso que o atual, com florestas e animais pré-históricos que posteriormente se extinguiram. A Toca da Boa Vista é um verdadeiro museu natural e o debate pretende divulgar, em linguagem acessível, esta fascinante história”, afirma o espeleólogo Augusto Auler.

    O carste e a Toca da Boa Vista

    Carste é um tipo de relevo geológico caracterizado pela corrosão das rochas, de onde surgem cavernas, galerias, dolinas, sumidouros, rios subterrâneos, paredões, entre outros. Segundo o Anuário Estatístico do Patrimônio Espeleológico Brasileiro 2019 do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Ce-Cav), órgão vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), são mais de 20 mil cavernas contabilizadas no Brasil.

    Toca da Boa Vista. Créditos: Rangel Carvalho

    A Toca da Boa Vista está inserida no meio do sertão do estado da Bahia, a 550 km da capital Salvador. Com mais de 110 Km condutos labirínticos mapeados, trata-se da caverna mais estudada do Brasil. São inúmeros de trabalhos de mapeamento, topografia e fotografia subterrânea coletadas em mais de 37 anos de pesquisas e exploração, que contam parte da história de uma das mais espetaculares cavernas do país e do mundo

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