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O DNA dos Carneiro’s

    As malas já estão prontas e o atual desafio para José Felipe Carneiro chega com a Novo Brazil

    “A Califórnia te assusta?”. A pergunta direta é respondida com um sorriso tranquilo de quem sabe (muito) bem os passos que serão traçados nas próximas semanas: “O frio na barriga existe sempre que iniciamos um novo projeto e, agora, não é diferente”.

    E José Felipe entende bem o que move o universo de novos projetos. É o mesmo sentimento que sempre motivou a vida da família, que cresceu ciente de todos os desafios que envolvem o universo do empreendedorismo.

    Em casa, tudo foi muito leve. Os tombos e sacolejos do mercado nunca chegaram como motivações para desesperado. Muito pelo contrário. A cada decepção, tristeza, dificuldade financeira e perda de rumo, eles optavam pelo recomeço. E quantas vezes isso foi necessário.

    E os dias ruins?

    Zé não fala com pesar dos dias ruins, mas se lembra com orgulho do pai Miguel negociando o carro da família para honrar compromissos trabalhistas – e olha que isso não foi um fato isolado. O exemplo veio dos corredores de casa e, por isso mesmo, os colaboradores das empresas sempre foram enxergados como extensão da família. Tudo materializado na prática e sem clichês firmados em contos de fala irreais.

    Miguel

    Sô Miguel sempre foi mais sério, centrado, rígido, porém muito amoroso. Tanto que quando se fala de memória afetiva, as imagens ligadas aos abraços, beijos e carinhos fazem parte de toda a construção da personalidade de Zé, que entendeu cedo que empreender estava longe de um mundo encantado.

    José Felipe Carneiro e seu pai, Miguel Carneiro
    Foto: Benatti

    Miguel trabalhava muito. Tanto que, na infância dos filhos, a presença (física) do pai era pouco frequente em casa. Contudo, quando conseguia um tempo, o patriarca estava inteiro (fosse com os marcantes abraços ou com a intensidade da relação).

    O pai é dono de uma personalidade questionadora. Acompanhava as notas na escola e não aceitava desculpas para um boletim abaixo da média. A média, inclusive, sempre foi um dos pontos fortes de Miguel. E com a mesma medida que vinha a rigidez chegava o amor, afago e direcionamento para o dia a dia.

    A relação com dinheiro em casa sempre era/é bem estabelecida e os gastos excessivos nunca tolerados. Negociar era natural. Em tempos de financias ruins, Miguel usava a destreza de comerciante para manter os meninos numa boa escola e nunca deixou de priorizar a educação como ferramenta prioritária na condução da criação.

    Ustane

    A mãe é uma explosão de alegria, de leveza. Uma força que motiva à batalha e uma certeza que o amor sempre vence. Essa é Ustane. Responsável por colocar todos em casa para cima e levantar o astral, mesmo em dias não tão propícios para esperança de tempos melhores.

    Feliz, mas que sai do eixo quando o medo de errar é o entrave para a evolução. Ela sempre empurrou os meninos e o marido para o risco. E se tudo desse errado? Era só levantar e recomeçar.

    Mas engana-se quem pensa que a personalidade de sorrisos simboliza o de uma mãe permissiva. Ela nunca economizou tapas e com arremesso de objetos, poderia (facilmente) concorrer à medalha olímpica – bem que para os filhos, o ouro de melhor mãe do mundo é inquestionável.

    Ao mesmo tempo, conduziu os meninos a uma vida sem inibição. Nunca tolerou perfis de vítima. Não tinha paciência para dramas ou desânimos com histórias de perdas. Sempre gostou do sacode. Talvez por isso, a leveza em conduzir os passos sempre chegou como prioridade na vida e no mundo dos negócios.

    Educação como prioridade

    É a leveza misturada à rigidez de Miguel que trouxeram os irmãos até aqui. Tiago mais parecido com Miguel tem a centralidade necessária para resolver problemas imediatos.

    Zé vem com a alegria e estratégia de equilíbrio da mãe. Um sonhador, que encontra no irmão a âncora necessária para conduzir os passos com responsabilidade, alegria e amor. Até porque, “uns sonham com o sucesso, nós acordamos cedo e trabalhamos duro para consegui-lo”, como bem ensinou o grande Abílio Diniz.

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