O Brasil é um dos países que mais produzem e consomem carne no mundo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, o país tinha cerca de 215 milhões de cabeças de gado, sendo o maior exportador (cerca de 1,9 milhões de toneladas ano ano) e também um dos maiores consumidores. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) 200 mil bovinos são abatidos por dia no país e, cada brasileiro, consome em média 35kg de carne bovina.
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A carne de frango também é uma das campeãs no quesito produção e consumo. Cerca de 13,1 milhões de toneladas produzidas anualmente no Brasil e outras 4,32 milhões são exportadas. Em média, cada Brasileiro consome anualmente 90 kg de carne, deste total cerca de 35kg são de carne bovina e 44,8 kg de carne de frango.
Entretanto, apesar da grande quantidade de carne produzida, o que muitas vezes não se considera é a quantidade de resíduos gerados pelas milhares de toneladas de carne produzidas no Brasil.
Segundo a Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) são 12 milhões de toneladas de resíduos gerados do abate animal anualmente no Brasil. O resíduo vem, além da produção bovina, da suinocultura, avicultura e da piscicultura.
O que é resíduo de origem animal?
Podem ser considerados resíduos de origem anima toda a sobra que é inviável para o consumo humano. Todas aqui citadas são altamente putrescíveis, o que faz com que o resíduo tenha que ser manejado de forma correta, rápida e seguindo a legislação ambiental.
São exemplos de resíduos de origem animal
- águas residuais
- vísceras de animais (bovinos, suínos, aves e peixes);
- gorduras;
- fragmentos cárneos;
- pelos;
- ossos;
- penas;
- sangue;
- conteúdo intestinal;
Legislação
Para manter um estabelecimento que gera resíduo de origem animal, antes de todos os processos é necessário respeitar rigorosamente a legislação ambiental. A organização necessita de técnicas de manejo que neutralizem as características negativas do resíduo animal.
É preciso ainda manter uma vigilância da emissão de gases tóxicos que seja aprovado por algum órgão ambiental, além de utilizar de tecnologias que tenham uma viabilidade técnica e ambiental comprovada. Os restos de carnes, aparas de tecido animal, sebo e ossos se não destinados corretamente podem gerar uma série de impactos tanto ambientais como de saúde pública.