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Orquestra de Câmara do Sesc em Minas celebra 10 anos de atividades com concerto especial no dia 20 de julho

    Fundamental na missão do Sesc em Minas de promover a qualidade de vida por meio da Cultura, a Orquestra de Câmara celebra 10 anos de atividades em julho de 2022. Para comemorar, um espetáculo especial será realizado no Sesc Palladium, no dia 20 de julho, às 20h30.

     

    A Orquestra dividirá o palco com o renomado Grupo Trampulim, num concerto cênico que vai usar música e teatro para contar a história desse projeto tão importante para o Sesc em Minas. O evento ainda contará com apresentações dos outros dois projetos de formação cultural do Sesc em Minas: o Coral Jovem e o Núcleo de Formação de Dança.

    História

    Criada em 2012, a Orquestra de Câmara do Sesc em Minas é fruto de um projeto de formação e desenvolvimento de uma orquestra de cordas, composta por crianças e adolescentes. Os alunos são selecionados com idades entre 10 e 14 anos e, ao longo do curso continuado de quatro anos, participam de aulas de violino, viola, violoncelo ou contrabaixo e ainda de percepção musical, prática de conjunto e canto coral. Em alguns meses, os alunos já são capazes de se apresentar com a Orquestra para públicos variados.

    A Orquestra de Câmara é oferecida de forma gratuita, com benefícios que incluem vale-transporte social, lanche e a doação de instrumentos para os alunos ao fim do curso, buscando contemplar preferencialmente os dependentes dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo com renda familiar de até três salários mínimos. Atualmente, 140 alunos fazem parte da Orquestra.

    Em suma, é um projeto que realiza importantes ações educacionais e sociais por meio do ensino da música.

    “A longevidade desse projeto é motivo de orgulho e satisfação para todos nós do Sesc em Minas. Nossa instituição atua em várias frentes para promover a inclusão social e a Orquestra é parte fundamental desse trabalho. Além de aprender a prática e a teoria musical, os alunos do projeto adquirem conhecimentos e experiências que os preparam também para outras atividades, ampliando as possibilidades de entrada na universidade e no mercado de trabalho. Tudo isso é possível graças ao preparo e ao empenho de uma equipe de professores, técnicos e outros profissionais que dão o apoio psicopedagógico necessário para atingirmos nossos objetivos, fazendo a diferença na vida de todas as famílias envolvidas”, afirma o Diretor Regional do Sesc em Minas, Luciano de Assis Fagundes.

     

    Potência cultural

    Inicialmente, a Orquestra tinha como sede o Sesc JK, no Centro de Belo Horizonte. Depois, foi para o Sesc Santa Quitéria, no bairro Carlos Prates. Porém, desde 2018, ela desenvolve suas atividades no Sesc Palladium, do qual se tornou parte da rotina e da programação.

    Responsável por reger o projeto dentro e fora dos palcos, Eliseu Barros era um dos músicos integrantes da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais quando foi convidado para desenvolver e liderar o novo projeto do Sesc em Minas. A possibilidade de conciliar música, filantropia e ação social, que já faziam parte de sua vida, em uma única iniciativa fez a diferença para ele.

    “É muito gratificante estar à frente desse projeto que é, acima de tudo, sobre inserção. Nós proporcionamos a esses jovens a inserção não só no mercado de trabalho, mas também cultural, aos conceitos de cidadania e à autoestima. Alguns alunos que começaram a vida na música na Orquestra hoje são alunos meus na UFMG, no curso superior de Música. Saber que a música mudou a rota da trajetória deles, para mim, não tem preço. É fantástico dar essa contribuição”, afirma o maestro, que também é professor de violino na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais.

    Nesses 10 anos, a Orquestra participou de grandes momentos musicais, incluindo parcerias realizadas com nomes importantes da música brasileira como Marcus Viana, Tianastácia, Daniel Boaventura, Trio Amaranto e Ana Cristina, além de participações no Festival Nacional da Canção, em Boa Esperança (MG), e no Festival Internacional Sesc de Música, em Pelotas (RS).

    Legado social

    Desde 2012, 120 alunos já se formaram no projeto após quatro anos de curso. Ao menos 16 deles foram aprovados em cursos de Música de Universidades Federais e Estaduais. A primeira foi a Nikolly Ramos, hoje com 22 anos, que já se formou como bacharel em contrabaixo pela UFMG. Ela entrou no projeto aos 14 anos e hoje integra a Orquestra Ouro Preto, a Sinfônica de Betim e foi aprovada para a Orquestra de Câmara do Inhotim.

    “Assim que entrei, fui designada para o contrabaixo por ser uma das mais altas, pois já tinha 14 anos. Minhas irmãs foram designadas para o violino. Como morávamos em Caeté e tínhamos que ir para a escola à tarde, depois das aulas de música de manhã, seria mais fácil que eu também passasse para o violino, mas bati o pé e segui no contrabaixo, com o professor Tiago Nogueira. Ele é uma das pessoas mais importantes na minha vida por ter conduzido minha aproximação com esse instrumento de forma brilhante. Venho de uma realidade em que pouca gente tem acesso à música erudita, então isso foi muito importante. Passei a amar as aulas, nunca perdia uma. Tínhamos que acordar às 5h e tomar o café da manhã correndo para conseguir vir de Caeté. Nem sei como conseguimos, mas foram anos muito importantes, fiz muitas amizades e as coisas foram caminhando. Quando assustei, o contrabaixo já era parte da minha vida. Planejo fazer um mestrado em breve e aonde eu chegar o Sesc estará no meu coração”, relata Nikolly.

    Outras ex-alunas da Orquestra seguem os mesmos passos. É o caso da Maria Vitória Lorentz, hoje com 20 anos. Ela está se profissionalizando no violino, no curso de Música da UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais). Sua história na música começou na Orquestra do Sesc, quando tinha apenas 10 anos. Ela foi uma das formandas da primeira turma do projeto. A participação teve tanta importância para seus objetivos, que ela estendeu seu tempo na Orquestra e mudou sua vida para sempre por causa da música:

    “Antes de entrar na Orquestra do Sesc, eu não tinha contato com a música. Entrei porque minha mãe trabalhava no Sesc JK, como terceirizada, conheceu o projeto e achou uma boa me colocar. Confesso que no início eu não gostava, mas fui conhecendo e me apaixonando pela área. Nunca pensei em seguir uma carreira, mas quando surgiu a oportunidade de participar do Festival Internacional Sesc de Música, no Rio Grande do Sul, e pude ter contato com outras pessoas tocando e vivendo aquela emoção, percebi que era aquilo que eu queria para minha vida. Não apenas como um hobby, mas como profissão. Comecei a dar aulas de música, fiz vestibular e hoje estou cursando o bacharelado em violino. De onde eu venho, ter ensino superior não é muito comum, então foi uma grande conquista para minha família, graças ao Sesc, que promove esse ambiente tão acolhedor, não só na música.”

    Formação ampliada

     

    Além da Orquestra, o Sesc em Minas conta com outros dois núcleos de formação artística voltados para crianças e adolescentes. O Coral Jovem Sesc, formado por jovens entre 15 e 22 anos, e o Núcleo de Formação de Dança, que acolhe crianças e jovens de 9 a 17 anos. Saiba mais em www.sescmg.com.br/cultura/

    Serviço

    Concerto Espetáculo em Comemoração de 10 anos da Orquestra de Câmara Sesc

    Quando: 20 de julho, às 20h30

    Local: Grande Teatro do Sesc Palladium

    Entrada: Retirada gratuita na bilheteria, com doação de 2 kg de alimento não perecível, ou no Sympla (R$ 10 – arrecadação destinada ao Mesa Brasil Sesc): https://bileto.sympla.com.br/event/74885/d/148232/s/970632

    Gerador de tráfego de site gratuito