Alinhada às boas práticas assistenciais, a Rede Mater Dei de Saúde reuniu especialistas de diferentes áreas em um fluxo de atendimento baseado no programa Fracture Liaision Service (FLS), preconizado pela Fundação Internacional de Osteoporose (IOF, na sigla em inglês), para melhorar ainda mais os cuidados com pacientes com a doença, caracterizada pela fragilidade dos ossos osteoporose. A iniciativa, de se implantar um fluxo de atendimento padrão IOF, foi liderada por um grupo de especialistas coordenado pelo Dr Gustavus Lemos Ribeiro Melo, da equipe de ortopedia.
De acordo com o médico Bruno Muzzi Camargos, coordenador do Serviço de Densitometria da Rede Mater Dei de Saúde, unidade Santo Agostinho, em Belo Horizonte, o protocolo conecta o paciente pós-fraturado ao especialista capacitado no tratamento da osteoporose, fechando assim uma lacuna na assistência do paciente osteoporótico após uma fratura ocorrer. “Tanto os pacientes já fraturados como aqueles ainda não fraturados, que tenham o diagnóstico ou mesmo somente a suspeita de osteoporose, podem ser encaminhados para o Mais Saúde – Ambulatório e Cuidados Continuados, onde receberão assistência especializada no controle da doença”, comenta.
Além disso, o hospital conta com o mais avançado equipamento para a realização do exame de densitometria óssea, o densitômetro modelo iDXA da GE Healthcare. Com a tecnologia, é possível diagnosticar a osteoporose antes mesmo que qualquer fratura tenha ocorrido. “O exame, rápido e de baixo potencial radiológico, é considerado padrão-ouro, sendo indicado para indivíduos adultos de ambos os sexos. Qualquer mulher, a partir da transição hormonal da menopausa, deve realizar o exame. No caso dos homens, o exame é indicado a partir dos 70 anos, mas também pode ser antecipado em caso de condições específicas como o câncer de próstata e uso de corticoides”, indica o especialista.
A osteoporose se caracteriza pela fragilidade dos ossos, que se tornam acentuadamente porosos e mais propensos a fraturas por fragilidade. O dia 20 de outubro foi eleito o Dia Mundial da Osteoporose e na data são realizadas ações de conscientização sobre as causas e consequências da doença. De acordo com o médico Bruno Muzzi, quando frágeis, os ossos ficam mais suscetíveis a fraturas que ocorrem de forma espontânea ou ao pequeno trauma – como ocorre quando a pessoa sofre uma queda da própria altura ou movimenta objetos pesados, alerta Muzzi, que integra o Comitê de Assessoria Científica da International Osteoporosis Foundation.
Segundo o médico, só no Brasil, a doença causa mais de 500 mil fraturas de fêmur e 4 milhões de fraturas da coluna vertebral a cada ano. “Por serem assintomáticas, em sua grande maioria, duas em cada três fraturas osteoporóticas da coluna passam despercebidas, sem diagnóstico formal”, alerta Muzzi. A maioria das internações hospitalares ligadas à osteoporose ocorre devido a fraturas de quadril. “Cerca de 85% das fraturas osteoporóticas de fêmur ocorrem em pessoas maiores de 50 anos. O custo para a saúde, decorrente desse tipo de fratura, supera a casa dos R$200 milhões a cada ano. Além do impacto financeiro, as fraturas de quadril representam uma mortalidade hospitalar que varia entre 5 e 14% entre pacientes idosos. De cada cinco pacientes com fêmur fraturado, um irá a óbito ainda no primeiro ano após a fratura”, acrescenta.
Atendimento diferenciado – Na Rede Mater Dei de Saúde, os casos mais graves de osteoporose, cujo tratamento necessite de medicamentos injetáveis, são assistidos no Centro de Infusão de Medicamentos do Mais Saúde, que conta com recursos necessários para a administração segura de terapias infusionais da osteoporose. “O Mais Saúde pode receber pacientes encaminhados pelos médicos da Rede e também por profissionais que atuam fora do Mater Dei. A ideia é oferecer assistência de acordo com as melhores práticas no diagnóstico e manejo da osteoporose”, explica Bruno Muzzi. A unidade de densitometria do Mater Dei Santo Agostinho funciona de segunda-feira a sábado e o agendamento pode ser realizado pelos canais de atendimento da rede. “O atendimento é feito por equipe multidisciplinar composta por médicos especialistas, capacitados em abordagem da osteoporose, sempre de uma forma individual e personalizada”, complementa o médico.