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Temporada de chuvas alerta para o funcionamento dos para-raios

    Foto: Pixabay

    O mês de outubro chegou e com ele a temporada de chuvas que se prolonga até março. Em geral, neste período acontecem fortes tempestades, acompanhadas de rajadas de vento, trovoadas, granizo e raios. Por sua localização geográfica, o Brasil é o campeão mundial em descargas atmosféricas. De acordo com dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Brasil registrou nos últimos seis anos uma média de 77,8 milhões de raios por ano. Eles trazem uma série de riscos para pessoas, animais, equipamentos, estruturas e instalações, podendo causar prejuízos e até matar. O país contabiliza em média 130 mortes e mais de 200 feridos por ano.



    Os síndicos e moradores de edifícios devem ficar atentos ao funcionamento do SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) ou para-raios, para evitar acidentes. E em muitos casos esses problemas acabam acontecendo em edificações onde se acreditavam estarem protegidas, devido à má instalação do equipamento, à falta de vistoria ou de manutenção periódica.

    O conselheiro do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape-MG), o perito de engenharia Frederico Correia Lima Coelho, conta que a norma 5419/2015 sugere a inspeção visual do equipamento feita anualmente por um engenheiro eletricista. Por meio dessa norma se estabelecem regras importantes para a implementação do para-raio, definidas por meio de cálculos e pesquisas. Entretanto, o especialista orienta que essa inspeção também seja feita no momento em que ocorra a vistoria predial e que o morador peça ao profissional que vistorie também o SPDA, não de forma visual, mas técnica.

    De acordo com o diretor do Ibape-MG, Dilvar Oliva Salles, somente um engenheiro poderá saber com precisão o tipo de projeto de para-raio que deve ser instalado na edificação ou como manter o equipamento funcionando adequadamente. “O profissional habilitado verificará a resistência de aterramento, através de medição, as condições de conservação da estrutura das descargas atmosféricas e a estrutura de condução destas descargas até o aterramento”, detalha.



    A má instalação do SPDA pode implicar em sérios danos, como a fratura da edificação, a perda de uma parte da estrutura do imóvel e a queima de aparelhos eletroeletrônicos. Apesar da montagem irregular do SPDA poder causar danos nesses equipamentos, ele não os protege dos raios, pois a sua função é captar a carga atmosférica e elevar até o solo. Nestes casos, o mais indicado é instalar o aparelho conhecido como DPS (Dispositivo de proteção contra surtos). Esse equipamento é capaz de evitar qualquer tipo de dano proveniente de surtos (descargas atmosféricas, entre outros).

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