Pular para o conteúdo

Vacinação: Informação é fundamental para derrubar mitos e notícias falsas em torno da imunização

    Nos últimos anos, principalmente os três em que o mundo enfrentou a pandemia da Covid-19, as vacinas ganharam mais evidência global. Extensamente e extremamente estudadas, as vacinas salvam vidas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), proteger a nós mesmos e às pessoas que nos rodeiam são os dois principais motivos para se vacinar. Para reforçar com a população a importância dos imunizantes e esclarecer sobre mitos e verdades acerca do tema, no Brasil o dia 17 de Outubro é o Dia Nacional da Vacinação.

    Recentemente, várias correntes de notícias falsas recaíram sobre vacinas, por exemplo sobre a tríplice viral – que protege contra sarampo, caxumba e rubéola – e sua relação com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), uma das principais pesquisas sobre o assunto avaliou 95.727 crianças, durante mais de 10 anos nos Estados Unidos, e confirmou que a vacinação com uma ou duas doses da tríplice viral não estava associada ao risco aumentado de TEA em qualquer idade.

    “Vacinas são produtos amplamente estudados cientificamente, de modo que a população deve ficar tranquila sobre sua segurança. Os chamados para campanhas nacionais e para manter a carteira de vacinas em dia são oportunidades de adquirirmos proteção contra doenças infectocontagiosas diversas, com raríssimos eventos adversos associados”, diz o médico Infectologista, Argus Leão Araújo, integrante da direção Regional de Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Imunizações e da equipe de Infectologia Clínica da Rede Mater Dei de Saúde.

    Calendários para todas as idades – Existem calendários vacinais para todas as idades e também os individualizados para gestantes e pacientes especiais, como os portadores de doenças crônicas, algumas delas imunossupressoras, que os predispõem a riscos maiores quando comparados à população geral. “Não temos como prescrever uma receita única, para atender uma população tão diversa, mas podemos citar alguns exemplos comuns, como a necessidade de reforços da vacina dupla adulto (difteria e tétano) de 10 em 10 anos; vacina influenza anual; reforços das vacinas contra Covid-19; vacina contra hepatite B (esquema de três doses para não vacinados previamente); vacina contra a febre amarela; e a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). Na rede privada e na Mater Dei há vacinas contra hepatite A, meningites, herpes zoster, HPV, dentre outras”, reforça o infectologista.

    Na Rede Mater Dei de Saúde há um completo serviço de imunização – o Mater Dei Vacina, que pode ser feito regularmente na unidade hospitalar ou em atendimento domiciliar. Estão disponíveis vacinas (e pacotes de vacinação) para recém-nascidos, crianças, adolescentes, adultos até a terceira idade, como por exemplo, as vacinas pneumocócicas, meningocócicas, rotavírus, HPV, Influenza, Herpes Zóster e várias outras. “O tema é complexo e relevante e o profissional deve estar atento às recomendações e às constantes atualizações sobre vacinas e seus esquemas de aplicação”, acrescenta o médico.

    Programa Nacional – No Brasil, o calendário vacinal é definido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, e prevê a aplicação de doses desde o nascimento até o final da vida, sendo parte dos imunizantes disponibilizados na rede pública e parte também na rede privada.

    ”O PNI, conseguiu ao longo de décadas, por meio de elevadas coberturas vacinais, controlar a maioria das doenças imunopreveníveis no nosso meio – conseguiu erradicar a varíola, eliminar a poliomielite (paralisia infantil), o sarampo e a rubéola do nosso país. No entanto, esse “case” de sucesso do nosso PNI tem sido recorrentemente ameaçado pelas quedas nas coberturas vacinais, que culminam na criação de bolsões na população de suscetíveis a diferentes doenças, pois ficam sem proteção. O sucesso das vacinas está se virando contra elas, quando a drástica redução na incidência das doenças provoca essa temida ausência da percepção do risco: ‘Se eu não vejo mais a doença, por que me vacinar?’. O raciocínio é justamente o inverso: ‘Devo me vacinar para continuar não vendo mais a doença’”, esclarece o infectologista.

    Segundo Argus Leão, novos casos de tétano ocorrem periodicamente no Sudeste; e testemunhamos surtos recentes de febre amarela, sarampo, enquanto é temida a reintrodução dos vírus da poliomielite e da rubéola, com a síndrome da rubéola congênita.

    “Há um desconhecimento por grande parte da população sobre o passo-a-passo a que toda vacina, assim como os medicamentos, têm que percorrer até chegar no braço do indivíduo. São realizados estudos de segurança e eficácia das vacinas para serem aprovadas, e mesmo após adquirida a licença para uso na população, sempre são realizados estudos de seguimento a fim de se identificar possíveis efeitos não antes reconhecidos ou identificados. Ainda existem diversas questões que envolvem acondicionamento, transporte adequado, técnicas de preparação do imunobiológico, tudo isto seguindo rigorosas normas pré-estabelecidas internacionalmente”, explica.

    Gerador de tráfego de site gratuito