Você pensaria que em 1948 já poderia existir Blocos de Carnaval em Belo Horizonte? Não, Ora. Quem nunca ouviu falar no Leão da Lagoinha? Para a velha guarda do Carnaval de Belo Horizonte e também para a nova o bloco comemorou na última semana 70 anos de existência.
"No carnaval de 1948, alguns meninos resolveram sair às ruas vestidos de mulher. As irmãs de um deles se entusiasmaram e capricharam na maquiagem e nas roupas. Ao se verem em frente ao espelho, chegaram à conclusão que estavam tão perfeitos que correriam o risco de receber algumas cantadas”. Esse trecho do livro “A turma e outros casos”, de Tarcísio Ildefonso Costa, ilustra o início de uma brincadeira de carnaval que se tornou tradição.
A concentração do bloco sempre acontecia no encontro das ruas Itapecerica e Machado de Assis, na região da Lagoinha. De lá o bloco seguia sentido Afonso Pena e abria os desfiles das escolas de samba. A origem do bloco tem relação direta com o Terrestre Esporte Clube, conhecido como a agremiação de várzea mais querida de Belo Horizonte.
O bloco sempre teve uma veia teatral. De acordo com Jairo Moreira, atual presidente do Bloco, uma das inspirações era o mito da Loira do Bonfim: Lenda Urbana que dizia que a mulher seduzia os homens e os levava para casa, que na verdade era o Cemitério do Bonfim, onde desapareciam. E, em homenagem a “ Loira” os foliões colocavam perucas loiras, exageravam no batom vermelho e, um misto de teatro e samba desfilavam pelo bloco.
O bloco já está aquecido para o Carnaval de 2018 e uma das novidades é uma parceria com o artista-plástico e carnavalesco Léo Piló, além de ter uma camiseta comemorativa e um DVD para comemorar os 70 anos. Não é todos os dias que um bloco completa tantos anos de existência.
*Informações retiradas do portal PBH
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