Sem previsão de pagamento do 13º para funcionalismo público Estado anuncia benefício para agentes de segurança pública

Outro embate para o funcionalismo público do Estado de Minas Gerais. Recentemente o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais realizou alguns protestos justamente pela falta de previsão do pagamento do 13º salário.

O problema é que o Governo de Minas anunciou na última sexta (15) o pagamento do beneficio para os agentes da segurança pública do Estado. Entretanto, a administração não contemplou o restante do funcionalismo, o que gerou tensão entre os servidores e Estado.

Bombeiros, Políciais Civis, Militares e Agentes Penitenciários devem ter o benefício pago em até duas parcelas. Uma no dia 26 de dezembro e a outra no dia 19 de Janeiro.

O Sind – UTE soltou uma nota sobre a decisão do governo. Leia na íntegra:

Na tarde desta sexta-feira (15/12/17) foi noticiada pelo Governo do Estado uma escala de pagamento do 13º salário para policiais militares. O anúncio aconteceu após reunião do Governador com o Comando da PM e o Secretário de Governo. A escala de pagamento não é para todo o funcionalismo, apenas para a Segurança Pública.

O anúncio é um desrespeito ao conjunto do funcionalismo que tem a mesma fonte de pagamento, mas, foi surpreendido com um tratamento diferenciado e excludente. O comportamento do Governador, Fernando Pimentel, de ignorar 90% do funcionalismo público estadual e suas entidades representativas é inaceitável e demostra que não tem relação de respeito com os/as servidores/as que viram, nos últimos dois meses, diversas entrevistas de Secretários de Estado afirmando a impossibilidade de pagamento do 13º salário em 2017. Nenhuma reunião com os sindicatos do funcionalismo foi marcada, nenhum diálogo estabelecido.

Este comportamento evidencia, explicita a incapacidade do governo em estabelecer um mecanismo de negociação das questões gerais do funcionalismo e o seu medo da reação do setor militar do Estado.

O anúncio não foi um reconhecimento de direito, mas, permeado por medo e uma desastrosa prática de não ouvir para governar. Se tem recursos para o pagamento, o mesmo deve ser feito para todo o funcionalismo e não estabelecer privilégio.

Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) 

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